quarta-feira, 27 de abril de 2016

Pôr-se a jeito...

O sempre bem informado Espoleaks anuncia e não queremos acreditar: 
Habituados, anos a fio, a que o paradigma fosse a solenização do lançamento da primeira pedra da construção de um pavilhão, de um centro cultural, de um centro escolar, de um quartel de bombeiros ou de um empreendimento turístico, tudo obras que servem milhares de munícipes e, muitas vezes, criam até mais emprego, eis que, desta vez, fomos surpreendidos com o anúncio da cerimónia de colocação da primeira pedra de obra de ampliação de um...cemitério!

Não duvidando da utilidade da ampliação do cemitério de Belinho, a verdade é que não existe, propriamente, historial de ser uma obra reivindicada há longa data pelas gentes de Belinho, nem tão pouco recorte noticioso sobre casos de belinhenses que estão a ser enterrados em Mar ou Antas por falta de espaço no cemitério local. Daí a pergunta: para quê este fogo de vista? 

Benjamim Pereira, muitas vezes acusado de preocupar-se demasiado com a imagem, põe-se a jeito a esse tipo de críticas ao prestar-se a cerimoniar o início da ampliação de um...cemitério!  

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Uma questão de mobilidade...

Há vários anos que alguns serviços da cidade foram deslocalizados para a entrada norte da cidade, na zona da Estalagem Zende. Falo claro está, da Estação de Camionagem, da Feira quinzenal, do Posto da G.N.R. e do estacionamento para as auto-caravanas (este ainda sem grandes efeitos práticos). 

No geral até concordo com a deslocalização destes serviços, que causavam alguns transtornos quando localizados no centro de Esposende, nomeadamente a Feira. Claro está que tal decisão retirou algum movimento ao comércio e algum trabalho aos Bancos (que nesses dias viviam um autêntico lufa-lufa); mas, e há sempre um mas..., alguém se terá esquecido de proporcionar, acessos mais seguros e dignos, às áreas de localização destes serviços. 

Verifiquei, "in-loco", que o acesso pedonal a ser feito aquela zona e, se se fizer acompanhar por um carrinho de bebé, por exemplo, é uma autêntica aventura. Os passeios junto à estrada nacional não apresentam rampas de acesso; o desnível entre os passeios e a estrada é bastante acentuado, o que torna a mobilidade muito complicada e alguns dos passeios já se encontram bastante degradados.

Se senti isto com um carrinho de bebé, imagino as pessoas com mobilidade reduzida, principalmente pessoas mais idosas... 

Deixo a sugestão a quem compete, pode verificar a situação e corrigi-la. O custo desta correcção não é grande e o povo agradece! Muitas vezes não são precisas grandes obras para mostrar trabalho, são mais úteis pequenos  ajustes para facilitar a vida às populações. 

O acesso a transportes públicos, às forças de segurança ou à feira quinzenal tem que ser - ou devia ser - fácil para todos. 

Por que gosto do 25 de Abril?

Porque posso escrever sem medo, porque posso andar por este país sem medo, porque posso emigrar sem medo, porque as crianças já não vão descalças para a escola, porque já não temos de ter respeitinho, porque as mulheres podem abortar, porque posso escolher, porque tenho direitos no local de trabalho, porque não tenho de comer e calar, porque sei que não tenho de ir buscar os meus familiares dentro de um saco de plástico preto a Lisboa.

Gosto porque vivo e não sobrevivo.

domingo, 17 de abril de 2016

E uma Meia-Maratona?

Já por algumas vezes referi neste espaço que a Meia-Maratona de Esposende deveria ser recuperada.

Depois de ter participado na Meia-Maratona de Vigo-Baiona fiquei com a certeza de que em Esposende temos todas as condições para organizar uma prova destas.

Não são necessários grandes cenários, grande organização, grande staff para atrair quase 5000 pessoas para uma corrida deste tipo.

Em comparação com as meias-maratonas que se praticam no Porto ou em Lisboa, esta de Vigo foi muito mais leve, mais ágil, em termos de meios empregues e, mesmo assim, o nível de satisfação foi elevado e acho que esta seria um bom modelo a aplicar em Esposende, já que as de Viana do Castelo, Famalicão e Barcelos apostam em demasia no público do Porto e Braga e fica sempre a sensação que quem participa nelas vai e vêm no mesmo dia, não havendo lugar a pernoita na cidade onde ela é feita.

Penso que a Meia Maratona de Esposende deveria ser iniciada tendo em conta estes 2 público-alvos mas deveria evoluir para o público da Galiza e do Centro de Portugal para termos pessoas a ficarem nos nossos hóteis e a consumir nos nossos restaurantes e conhecerem e divulgarem Esposende de uma forma mais próxima.

Mas quando falo da Meia-Maratona de Esposende penso nas suas primeiras edições, abertas ao público em geral, e não a última em que apenas atletas federados poderam competir levando a uma prova algo isolada e contida.
 

Dessas primeiras edições faria alterações ao percurso já que me lembro que à época foi escolhido o sistema de 4 voltas a um circuito de 5km para fazer a distância total, algo que hoje seria francamente penoso e até desinteressante.
 
Claro que podem dizer que a Maratona de Zurique são 4 voltas a um circuito de 10 km e é uma das mais reputadas a nível internacional mas para isso a prova teria que ter outros atrativos, como prémios, publicidade da cidade,etc.


Fica a proposta. 

Esposende Altruísta, uma referência.

Uma das manifestações do estado civilizacional, educacional e económico de uma sociedade é ver a forma como ela preserva e cultiva as suas memórias.

Sou daqueles que não condena a recente vaga de novas edições de livros relativos a temáticas esposendenses, já que acho que essa memória coletiva é necessária e útil para a nossa melhor compreensão em termos do que a sociedade foi, é e virá a ser.

Um dos melhores casos de arquivar e exibir a memória coletiva é o Esposende Altruísta.

Um blogue feito por apenas uma pessoa que, entre outras temáticas, se inclina sobre as gentes de Esposende, recordando pessoas, famílias, barcos, festas, acontecimentos, pessoas que se notabilizam entre outros, e era este trabalho que seria necessário continuar mas de uma forma mais consistente e mais abrangente.

Seria bom também haver o "Fão Altruísta", "Gemeses Altruísta", "Mar Altruísta" para podermos ter este registo mais abrangente a outras localidades do concelho de Esposende e assim criar uma base mais alargada destas temáticas em todo o concelho.

Claro que o ideal seria avançar para a criação e compilação da enciclopédia Esposendense onde estas temáticas seriam abordadas e guardadas, no que seria uma obra que serviria de referência do ponto de vista histórico.

Um conjunto de livros que aglomerasse quais os registos familiares mais antigos, as empresas que existiram, os pescadores e agricultores que existiram, as associações de pessoas, os membros dos partidos, os clubes desportivos, entre outros, era algo que certamente seria do gosto das pessoas e seria uma obra de valor acrescentado.

Enquanto esta obra não chega, temos o Esposende Altruísta que pelo esforço de Luís Eiras vai colmatando estas falhas.

E esperemos que ele continue.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Serviço público

Questão urbanística levou-me ontem a contactar os serviços da Câmara Municipal de Esposende. 
Em menos de 5 minutos fiquei com a dúvida esclarecida. 
Para além do rápido atendimento (não tive que "secar" minutos a fio à espera que atendesse a pessoa competente para o assunto), deparei-me com um funcionário prestável e esclarecedor. Dá gosto ver o serviço público a funcionar, ainda por cima quando é lá de "casa".
Como sugestão para futuro, sobretudo quando está em vista a renovação do site da câmara, sugiro uma secção de FAQs, com perguntas e respostas relativas às questões (urbanísticas e não só) mais usuais colocadas pelos munícipes. A título de exemplo, a dúvida que ontem coloquei encontra-se contemplada nas secções de perguntas & respostas das páginas de vários municípios. É uma boa prática que Esposende pode e deve seguir.