quinta-feira, 27 de outubro de 2016

"O Infante"

Tropecei por estes dias numa partilha de amigos no facebook nesta ligação.

Às vezes passam-nos ao lado certas informações mas quando nos deparamos com notícias destas creio que se impõe a boa "obrigação moral" de divulgarmos o que é dos nossos. Não que com isto se entenda qualquer bairrismo saloio ao jeito "só porque é dos nossos é bom", mas sim pelo respeito que se impõe ao mérito enorme em quem leva a cabo uma empreitada de escrita. (É que gostar de ler... é uma coisa bastante simples quando comparado com a heróica tarefa de escrever! Que escreve arrisca o limbo! Arrisco deturpar o dito popular que diz que "os olhos são o espelho da alma", para "a escrita é o espelho da alma!" Quem escreve uma obra literária atira para lá tudo de si na difícil tarefa de que quem lê o não encontre a si mas ao seu personagem. Isto só por si já não é tarefa fácil!

Ficam assim aqui os nossos parabéns ao Sr. Filipe Queiroga pela obra, o desejo que seja um sucesso e, porque não dizê-lo: que mais venham!

Deixo apenas estas palavras, retiradas do blog em ligação, pois creio que serão o suficiente para relembrar muitas histórias de vida de gentes nossas:

"O Zacarias provém de uma família pobre, sem grandes recursos, mas sempre desvalorizou as coisas materiais na sua vida, dando privilégio às relações humanas como a amizade e o amor. E mesmo com todas as contrariedades que lhe foram aparecendo pela frente, nunca se absteve de dar mais um pouco de si..."



sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Exame à Câmara – 3.º ano de mandato

Cumprido, no passado dia 7, o 3.º ano de mandato do executivo esposendense, o Largo dos Peixinhos volta, à semelhança do 1.º e 2.º anos de mandato, a fazer um balanço sobre a prestação do presidente da Câmara e de cada um dos vereadores eleitos. 

Benjamim Pereira (2016  12 valores; 2015 – 12,5 valores; 2014 – 13 valores)
(Presidente, com os pelouros da Gestão de Projetos e Obras Municipais, Gestão Financeira e Fundos Comunitários, Gestão Urbanística, Ordenamento do Território, Juntas de Freguesia, Comunicação e Marketing Territorial.

Francisco Melo: Cumprido mais um exercício, não será arriscado resumir, a um ano do seu termo, o que foi o mandato de Benjamim Pereira: conseguiu não estragar o que de bom foi feito por João Cepa. No demais, não existe uma identidade ou marca próprias que se possam atribuir ao edil esposendense nestes 3 anos. E não foi por falta de aviso, pelo menos dos escribas deste espaço.
Penafiel, Estarreja, Tondela, só para citar exemplos de alguns concelhos com quem Esposende se pode comparar, são autarquias que apostaram forte na captação de empresas e geração de emprego nestes últimos 3 anos. A sacra pergunta, que nos colocamos, é o porquê de Esposende não ter também ousado disputar esse campeonato. Sobretudo quando as principais obras de regime já tinham sido feitas e Benjamim Pereira, até para se demarcar do seu predecessor, tinha tomado como lema do seu projecto autárquico «Ganhar o Futuro».
As anunciadas obras para as freguesias, cujo calendário de inaugurações coincidirá com o ano em que se realizam as eleições (oh que surpresa!), não são mais do que o expediente, mais velho do que a Sé de Braga, de encher a vista ao povo e com isso tentar captar o respectivo voto. Mas, em termos práticos, o impacto desse investimento, quanto a fazer mexer o concelho, gerar emprego, dinamizar a economia local, etc., como diz um muito conhecido treinador de futebol, bola!
Esperava-se rasgo do edil esposendense, mas esse atributo continua a marcar falta de comparência.
Nota: 12 valores
João Felgueiras: Três anos decorridos sobre a governação do Município de Esposende e Benjamim Pereira a meu ver ainda não “ganhou o futuro”, pelo menos o do concelho de Esposende.
Quando olhamos para a governação do Município, com Benjamim Pereira ao leme, olhamos para uma espécie de gestão corrente, onde não se vislumbram grandes obras lançadas e executadas pelo executivo, onde não se vislumbra rasgo quanto ao que se pode fazer diferente face a concelhos vizinhos. Quando falo em “fazer diferente” é mesmo “fazer diferente” e não reaproveitar algumas receitas já de si bem consolidadas e coloca-las em funcionamento no concelho de Esposende, muitas delas nem se conseguem adaptar e são destinadas ao fracasso. Em relação a obras públicas não fossem os investimentos feitos pela Polis Litoral Norte, pelas Águas do Norte ou outras entidades e até ao dia de hoje assistiríamos a apenas obras de requalificação e de reajustamento, as quais são bem necessárias, mas sabe a pouco.
Outro aspeto em que não se “ganhou o futuro” e é uma repetição do passado, é a alavancagem económica, a modernização do tecido empresarial do concelho e por sua vez a criação de postos de trabalho efetivos. Neste ponto estamos quase conversados, porque pouco ou nada se tem visto… Aquilo que apelidei de “empreendedorismo camarário” está esquecido, metido numa gaveta de um qualquer gabinete… Fala-se em projetos, mas estes tardam em ver a luz do dia!!! Não é a Câmara que investe na industria, mas a câmara tem de ser capaz de atrair investimento, porque em termos de qualidade de vida, o concelho de Esposende, queiramos ou não está bem cotado.
Volvido mais um ano, dois projetos fulcrais para o desenvolvimento do Concelho que foram apresentados com pompa e circunstância, merecendo aplauso generalizado; até agora não passaram do plano das intenções. Refiro-me aos casos do Forte de São João Batista e o da Estação Rádio Naval de Apúlia. Continuo a fazer votos que os projetos vejam a luz do dia o mais rapidamente possível. 
A opinião pública acusa Benjamim Pereira de ser um Presidente “ausente”, acusa-o de não se conseguir marcar uma reunião para tratar de assuntos de importância concelhia, acusa-o de estar mais preocupado com o seu futuro, será assim? Eu quanto a isso não me posso pronunciar.
O próximo ano será o ano das decisões e até ver, parece que será usada a “fórmula gasta” de deixar as obras de monta para o final do mandato e assim alavancar a votação nas eleições. Com a saúde financeira Camararia isso pode ser feito, mas veremos até que ponto a população irá na conversa, ainda para mais com possíveis candidaturas independentes.
Nota positiva para o desagravamento de impostos camarários que tem vindo a fazer e a promessa de baixa do IMI para o valor mínimo por lei de 0,3% no próximo ano. Aguardemos que seja executada.
Nota: 11 valores
João Paulo Torres: A última vez que neste preciso espaço entendi opinar sobre o trabalho do executivo e do seu líder - ainda que a propósito da redistribuição de pelouros efectuada em Janeiro deste ano -  a proeza valeu-me aquilo que na “gíria” se qualificaria como “chamada ao confessionário”!
Para meu grande espanto não me deparei com os decotes da Teresa Guilherme - o que só por si seria já mau o suficiente - mas deparei-me sim com os meus escritos que por aqui passam impressos em papel! Fiquei honrado, é certo! Nunca me ocorreu editar as minhas crónicas, pese embora venha sendo algo bastante frequente, mas ali, naqueles momentos, perante tal evidência, saboreei o potencial da coisa!
Entendo contudo que tal dispêndio de tempo em torno da minha linha de pensamento - não tencionando eu fazer escola - foi uma terrível perca desse bem tão escasso em certas agendas! Abstenho-me assim de dissertar sobre o trabalho deste interveniente (e até com um certo lamento, pois este ano teria algumas coisas de positivo a apontar), apenas com uma esperança: o tempo que me poderia vir a tocar para nova “chamada ao confessionário” possa ser afecto a entrevistar algum munícipe com problemas reais para resolver, problemas esses que serão garantidamente mais importantes que a minha opinião bloguística.
Nota: não atribui.
Manuel Pereira: Manteve a mesma rota dos anos transactos, baseando grande parte da sua comunicação nos eventos culturais e desportivos, sendo muitas acusado de ser um presidente festeiro.
Para manter a mesma avaliação do ano passado tive em conta a retoma do processo do Parque da Cidade e anunciou também alguns milhões para diversos projectos nas freguesias, o plano de investimento que contrapõe com a ausência de um projecto ou medida para o fomento da criação de emprego ou do desenvolvimento industrial do concelho a sua principal pecha e que lhe pode valer algumas dores de cabeça na próxima campanha eleitoral tendo escapado do caso “Universidade do Minho” ao não conseguir que um instituto de investigação se fixasse em Esposende.
Do ponto de vista da atividade política, manteve-se quieto enquanto líder do PSD, recebendo o apoio dos presidentes da junta eleitos pelo PSD e algo me diz que neste mês de Outubro o estado de letargia em relação aos ataques de João Cepa acabou.
Nota: 12 valores.

Maranhão Peixoto (2016  12 valores; 2015 – 13,5 valores; 2014 – 14,5 valores)
(Vice-Presidente, com os pelouros do Desenvolvimento Económico, Agricultura e Pescas, Comércio e Indústria, Mercados e Feiras, Energia, Mobilidade, Proteção Civil e Segurança, Florestas)

Francisco Melo: Com perfil vincado para as áreas da Educação e Cultura, onde poderia fazer a diferença, tem antes a seu cargo as pastas económicas do executivo, onde não sobressai.
Um vereador polido e disponível mas, claramente, como um peixe fora de água, o que será por certo injusto face às competências técnicas com que poderia acrescentar valor no Executivo.
Nota: 12 valores.    
João Felgueiras: A par de Rui Pereira é o que mais aparece, mas não o que mais se destaca. A poupança com a iluminação pública é de realçar e é uma nota muito positiva, mas continuam-se a verificar muitas zonas em que a iluminação é parca, ou que por uma ou outra situação se encontram há vários meses sem a manutenção devida…
Como responsável da Proteção Civil teve este ano mais trabalho devido aos incêndios que assolaram o nosso concelho e pelo que sei esteve sempre presente e disponível para resolução das mais diversas soluções. 
Continuo a achar que as suas reais e reconhecidas capacidades talvez fossem mais úteis se direcionadas para as áreas em que já deu excelentes provas. 
Nota: 12 valores.
João Paulo Torres: Depois de 2 anos com a pasta das obras iniciou 2016 a ser despromovido. Surpresa para nós aqui no Largo, que vínhamos entendendo o trabalho do Vice-Presidente como alguém que ia cumprindo pese embora ser conhecido que aquela não seria a sua praia. Ficou após a redistribuição com pastas cuja projecção não passará exclusivamente por si, tendo a difícil tarefa de traçar um rumo para o desenvolvimento económico - coisa que parece por ora passar pelos planos de marketing territorial. Pastas como “florestas”, com um verão a fechar em calamidade, não lhe permitirão grande dinâmica quando neste campo a falta de estratégia é nacional e dificilmente um município consegue impôr um rumo que vá além da vigilância e apoio às corporações de bombeiros.
Mais projecção tivesse a aposta na economia e melhor ficaria na fotografia.
Continua no seu rumo sereno, não lhe sendo directamente assacadas polémicas nas áreas que tutela, facto é que também digno de nota.
Nota: 13 valores.
Manuel Pereira: Às vezes não ter notícias são boas notícias e no caso de Maranhão Peixoto isso é uma boa regra. Muitas vezes foi apontado na praça pública como um erro de convocatória neste elenco governativo, é um dos mais disponíveis e entusiastas elementos do mesmo, não existindo grandes dúvidas do seu compromisso com a Câmara Municipal. A poupança que se conseguiu com a iluminação pública não dilui a noite de incêndios em Esposende e sendo este um dos seus pelouros a revisão da sua nota teria de ser em baixa.
Nota: 12 valores.


Rui Pereira (2016  17 valores; 2015 – 17 valores; 2014 – 17 valores)
(vereador do Turismo, Desporto, Juventude, Transportes, Gestão e Manutenção de Infraestruturas)

Francisco Melo: O 3º ano de mandato foi muito positivo para as áreas de intervenção de Rui Pereira. No desporto colectivo registo para várias subidas de divisão no futebol e no andebol (Juventude do Mar na 1ª divisão do andebol sénior feminino), no hóquei o Fão quase a conseguir a subida à 2ª divisão, e a participação, pela primeira vez na sua história, de dois atletas olímpicos (João Ribeiro e Teresa Portela) nos mesmos Jogos.
No Turismo, mais um «Esposende é Verão» de sucesso. Para além do cartaz diversificado, foi um Verão atipicamente muito quente, beneficiando Esposende e o seu comércio de milhares de turistas ao longo desse período.
É um vereador muito próximo das colectividades, com a particularidade de fazer gosto em participar nalgumas iniciativas organizadas pelo Município (caso das corridas na marginal), o que torna genuína, autêntica e muito prática essa sua forma de executar o mandato que lhe foi confiado.
Nota: 17 valores.
João Felgueiras: O mais destacado membro do Executivo, sem sombra de dúvida.
Com um pelouro que permite “brilhar”, não são todas as pessoas que o ocupariam com a mesma abnegação que reconheço a Rui Pereira. Tenta inovar dentro do que é possível. Não vejo como neste momento alguns eventos conseguirão maior evolução ou inovação, caso isso aconteça poderemos estar a entrar na fase de eventos megalómanos para a realidade concelhia. Não me parece que isso aconteça.
O dinamismo, empenho e diligência de Rui Pereira, tem vindo a dar frutos. Esposende está hoje melhor em termos de atração turística, tem mais pontos de interesse e está a aproveitar a boa fase do turismo Português. Os resultados são visíveis.
Dois desafios: a procura de investimento hoteleiro para alguns edifícios que já serviram esse propósito e que remodelados poderiam ajudar, ainda mais, a alavancar o turismo e economia envolvente; a calendarização de alguns eventos para alturas do ano com menos atividade.
Nota: 18 valores.
João Paulo Torres: Fiel ao que vinha realizando, difícil se tornará fazer melhor. Todos nós desejaríamos que Esposende tivesse uma agenda de Outubro a Maio, como a que tem de Maio a Outubro, contudo não podemos ignorar que o clima tem um forte impacto na calendarização. Não sendo Esposende dotado de um multiusos que permitisse uma distribuição anual dos eventos, há uma oferta enorme no período de verão, e uma acalmia durante o inverno.
O turismo tem ainda naturalmente muito percurso para percorrer, mas a adesão dos privados, através do surgimento de ofertas na área - quer nos desportos nauticos, quer no alojamento - vão consolidando o caminho que vem sendo feito.
Nota: 17 valores.
Manuel Pereira: Um ano passou e os pelouros de Rui Pereira continuam a mostrar uma grande vitalidade. O turismo continua o seu crescimento e consolidação e o desporto renasce no nosso concelho. Mas nem tudo serão flores. Para manter esta avaliação no próximo ano é necessário que Rui Pereira apresente projetos ao nível das infra-estruturas, quer no turismo, quer no desporto, já que em termos de eventos teríamos de entrar em eventos quase estratosféricos para superar o que foi feito até agora. Infra-estruturas desportivas não se resumem aos estádios e aos sintéticos e um concelho que quer apostar no turismo não pode continuar a ter 2 hóteis devolutos e não lhes dar uma solução. Esse seria um dos legados de Rui Pereira.
Nota: 17 valores.

Jaquelina Areias (2016 – 11,5 valores; 2015 – 11,5 valores; 2014 – 11,5 valores)
(vereadora da Educação e Cultura)

Francisco Melo: A cultura é o parente pobre de qualquer governo e de muitas câmaras também. Para a área poder sobressair pede-se rasgo. Fazer, como canta o Pedro Abrunhosa, o que ainda não foi feito.
Jaquelina Areias não é um Paulo Cunha e Silva (falecido vereador da cultura do Porto), mas ao cabo de 7 anos nestas lides, esperava-se, por esta altura, uma outra ambição para a área da Cultura.
A Galaicofolia, por exemplo, tem um potencial incrível (localização e ligação histórica efectiva com o concelho), por contraponto com a Feira Medieval (uma importação que está longe de entusiasmar) e, ao cabo de algumas edições, já poderia arriscar um outro nível, como por exemplo Santa Maria da Feira arriscou com a sua Feira Medieval.
A polémica com o Coro dos Pequenos Cantores prolongou-se ainda durante algum período deste ano. Nota positiva para o anunciado prémio literário Manuel de Boaventura.
Nota: 12 valores.
João Felgueiras: Pouco se deu pela sua atividade, o que por vezes, no caso da educação podem ser boas notícias. Depois de anos anteriores atribulados com os casos da Escola de Música e da Zende-Ensino, parece neste momento viver tempos de maior serenidade.
Continuo a achar que a criação de espaços de debate e monitorização de ideias a implementar, uma divulgação da agenda cultural mais efetiva ao longo de todo o ano, o enraizamento de uma cultura de associativismo e educação da cidadania são pontos nos quais deveria apostar fortemente.
Nota: 11 valores.
João Paulo Torres: A opinião que formamos é por vezes tremendamente tendenciosa. Enquanto partes envolvidas em determinados projectos sentimos algumas das dores dos mesmos como se fossem nossas, festejamos os sucessos como se nossos fossem igualmente. Simultaneamente, essa envolvência permite-nos um conhecimento de causa maior no que respeita aos apoios dispensados.
A aposta no teatro é um desses campos que me é particularmente próximo.
O caminho que vem sendo feito pelas freguesias - mais grupos envolvidos este ano - bem como a qualidade do trabalho levado à cena, fazem-me este ano alongar-me um pouco mais quanto à vereadora da Cultura e Educação.
As noites de teatro na praça do Município foram também um enorme sucesso que quase igualou as plateias da actuação do Coro dos Pequenos Cantores - finalmente em paz.
Também a Galaicofolia este ano teve - pelo menos um aparente - crescimento, sendo este em minha opinião um evento que deveria absorver a feira medieval. A galaicofolia tem muito mais potencial para crescer, criando algo da nossa identidade, do que a feira medieval - uma cópia “low-cost” das inúmeras feiras medievais que se fazem à nossa volta.
As bibliotecas de praia são desde há muito tempo também uma aposta ganha.
No que à educação respeita, apenas uma nota, para que à intervenção da loja social no âmbito da troca de manuais não se sobreponham desnecessariamente actuações da pasta da educação.
Nota: 13 valores.
Manuel Pereira: Uma vereadora a quem se pode aplicar a máxima “nenhumas notícias são boas notícias”. Saiu relativamente bem do caso “autocarro” mas garantiu até hoje um começo calmo e atempado em todos os anos do seu mandato e dando a cara em algumas obras de renovação nas escolas públicas do concelho. Falta apostar, em termos publicitários, na cultura e nos ciclos das mais diversas vertentes culturais existindo já um bom ciclo de teatro e de música mas que acusam a pouca publicidade.
Nota: 10 valores.

Raquel Vale (2016 – 13 valores; 2015 – 13 valores; 2014 – 11,5 valores)
(vereadora da Coesão Social, Ambiente, Saúde Pública, Qualidade e Modernização Administrativa, Administração e Recursos Humanos.)

Francisco Melo: De Raquel Vale não podemos escrever que não demos conta neste terceiro ano de mandato. A Loja Social é exemplo óbvio do seu magistério de influência. Na Modernização Administrativa houve essa novidade do Espaço do Cidadão.
Não salta à vista com iniciativas inéditas, mas também não compromete os pelouros que lhe foram confiados (embora, no caso dos Recursos Humanos, e dada a vertente social envolvida, aproveito para perguntar: o que faz manter Cristina Leites ainda a atender telefonemas, com capacidades para muito mais do que isso?).
Nota: 13 valores.
João Felgueiras: O ano passado corrigi a mão quanto à nota dada à vereação de Raquel Vale e este ano a sua nota merece ser mantida.
A crise económica não foi ainda, se algum dia será, sanada do nosso Pais e existindo situações bastante complicadas o concelho de Esposende tem sabido atuar para colmatar algumas dificuldades dos seus Munícipes. A Loja Social continua a funcionar de forma exemplar. Numa toada de “fazer bem sem olhar a quem” e sem fazer disso “bandeira”, o que demostra um grande humanismo, a sua atuação parece estar a decorrer como esperado.
A Qualidade e Modernização Administrativa continuam a obter distinções e essa é uma nota positiva e de registo para o Município e para a Vereadora em particular.
Nota: 16 valores.
João Paulo Torres: Depois de dois anos sem grande margem para “brilho”, o terceiro ano, trouxe alguma margem para mostrar valor acrescido. A dinâmica criada em torno do envelhecimento activo é um marco digno de registo. A par disso, a loja social é cada vez mais uma referência na área.
Por fim, uma nota para uma das tarefas mais ingratas: a pasta dos recursos humanos, ou aquilo que poderíamos chamar de “Pátio dos Suspiros”. Entre os que suspiram de alívio e os que suspiram de saudade, gerir os recursos humanos não será garantidamente tarefa fácil. A verdade: vai dando conta do recado.
Nota positiva também para o funcionamento do “Espaço Cidadão” ainda que o lançamento do mesmo tenha sido ofuscado pela “novela das plaquinhas”!
Nota: 14 valores.
Manuel Pereira: Mais um ano na sombra de Raquel Vale. Sei que a Loja Social a tira da sombra frequentemente mas a vereadora que detêm o pelouro da indústria e do emprego precisava de ter uma folha de serviço mais recheada neste campo e não apenas na coesão social. Sei que a falta de reais projetos e medidas de fomento do emprego e da indústria no concelho por parte de Benjamim Pereira também a leva arrasto mas isso é um problema a ser resolvido pela equipa dirigente.
Nota: 10 valores.
João Nunes (2016 – 13,5 valores; 2015 – 12 valores; 2014 – 15 valores)
(Vereador PS)

Francisco Melo: Não é fácil a missão de João Nunes de fazer oposição. Por um lado, porque sabe, nem quer, ser candidato às próximas eleições. Por outro lado, porque a sintonia com a concelhia política do PS Esposende já conheceu melhores dias. Por isso, não causa estranheza que o registo de oposição seja tranquilo, por vezes parecendo apagado.
De qualquer modo, o último ano fica marcado por algumas iniciativas do vereador socialista (muito bem apanhada, por exemplo, a questão do cartão municipal do bombeiro), com bom sentido de oportunidade e pertinência.
Nota: 13 valores. 
João Felgueiras: Continua a ser o único vereador da oposição que faz oposição! Tem sofrido vários ataques durante a sua atuação, tendo sido acusado de “populismo” por propostas feitas em reuniões de câmara. Sempre coerente na forma de estar, coerente e firme na forma de pensar, sempre conseguiu desconstruir as acusações que lhe foram perpetradas e tem feito uma oposição com propostas que devem ser tomadas em conta pela maioria do executivo.
Mostra-se bem preparado e seguro nos temas a serem discutidos em reunião de Câmara e tem colocado os interesses dos Esposendenses acima dos interesses partidários, levando muitas vezes a que os ataques de que é alvo, em vários comunicados, não tenham resposta a partir do PS Esposende. Tem sido cooperante quanto o tem de ser; e divergente quando deve.
Nota: 16 valores.
João Paulo Torres: Aproveitando as trocas de mimos entre actual e ex-autarca, o vereador do PS soube capitalizar o facto. É certo que o percurso até aqui trilhado não deixará grandes perspectivas eleitorais, mas pelo menos no último ano o vereador socialista fez o que lhe competia: apresentou propostas. Discuta-se o mérito, a motivação ou a exequibilidade das mesmas, mas não poderá discutir-se a ausência.
Nota: 12 valores.
Manuel Pereira: Como se diz na gíria futebolística, o PS-Esposende é “ele e mais 10”. Muitas vezes parece distante da sua concelhia e a interligação entre vereador e concelhia parece tortuosa e quase inexistente. É o único verdadeiro vereador da oposição que mostra serviço e ideias alternativas ao executivo mas continuo a defender que o PS-Esposende deve encontrar uma nova cara para a sua campanha.
Nota: 13 valores.

Berta Viana (2016 – 9,5 valores; 2015 – 10,5 valores; 2014 – 11 valores)
(Vereadora CDS)

Francisco Melo: Um terceiro ano muito apagado, sem conseguir sequer ameaçar a posição de João Nunes como o verdadeiro líder da oposição esposendense. A imagem do presidente do CDS Esposende em algumas iniciativas junto do eleitorado, lado a lado com o antigo vereador centrista Areia de Carvalho, diz mais do que 1000 palavras que se poderiam escrever sobre a importância e impacto da actuação de Berta Viana no executivo municipal para o CDS Esposende.
Nota: 9 valores.
João Felgueiras: Completamente isolada e sem apoio do seu partido, tem feito uma “corrida por fora”. Tenta fazer ouvir a sua “voz” e as suas propostas, mas do que passa para a opinião pública a sua atuação é quase nula.
É pena que assim seja, porque tem mais capacidades do que a área de atuação politica atual lhe permite.
Nota: 11 valores.
João Paulo Torres: Seguramente o elemento mais apagado de todo o painel. A precisar de reforços ou de substituição. Sem partido que apoie e motive, com oposição interna a fazer lembrar os sketchs do Zé Pedro Gomes e António Feio no seu célebre “deslarga-me”, numa incessante ponderação (aguardamos a candidatura de João Pedro Lopes, que o JNE anunciou ter ponderado ser candidato), a verdade é que a vereadora do CDS-PP está entregue a si própria e nessa linha vai aproveitando o estado de graça do executivo.
Pontualmente vai trazendo assuntos à agenda mas sem programa de intervenção.
Nota: 9 valores.
Manuel Pereira: A minha primeira negativa de sempre. Discutir Berta Viana é discutir acima de tudo o que é o CDS-Esposende. Depois de Marcelo Silva o CDS-Esposende parece que entrou numa letargia que é difícil de explicar e essa letargia alarga-se a Berta Viana que parece quase não existir na cena política Esposendense sendo sempre muito próxima do elenco camarário, não tendo de ser sempre contra, poderia demonstrar uma voz alternativa. Esta negativa surge como reprovação da atuação do vereador da 2ª força política de Esposende que parece não querer sair disso. O CDS-Esposende continua a sobreviver pelo voto das suas antigas fileiras que lhe garantiram vitórias autárquicas no pós-25 de Abril mas temo que se aproxima um rápido declinio e parece que nada acontece no seu seio. Algo vai mal no reino centrista.
Nota: 9 valores.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

TransCávado BTT-GPS 2016



 

Não podia deixar aqui de dar nota do vídeo final do TransCávado 2016, realizado nos passados dias 1 e 2 de Outubro.

Quando no início deste ano me desafiaram a colaborar neste projecto, ainda que sem saber bem no que me estava a meter, não hesitei em dizer sim. No fim de contas são já alguns quilómetros que levo nas pernas neste tipo de aventuras e era a oportunidade de poder colaborar também na organização de um evento para os outros, assim como outros organizam aqueles em que participo.

O desafio inicial era simples: ligar Esposende a Montalegre o mais possível junto às margens do rio Cávado - mote do evento.

E assim foi! Horas e horas em frente ao Garmin Basecamp, cartografia para aqui, tracks para acolá... e a coisa começou a desenhar-se.
Orientado o "fio", seguiu-se a saída para o sol. 
Uma experiência fantástica na natureza e de convívio com as populações das terras por onde passamos e onde naturalmente explicamos o que iria acontecer por ali.
Descobrimos sítios onde sem este pretexto nunca passaríamos, paisagens escondidas daquilo que são os trilhos habituais. Tentamos, tentamos muito, acima de tudo oferecer um percurso que fosse mais que um desafio físico, uma experiência visual. Porque o cansaço passa, as imagens que registamos é que nos prendem e eventualmente desafiam a voltar.

Com uma estrutura inicial de três pessoas e nos dias do evento uma grande equipa a remar junta foi possível levar algo com uma logística desafiante a bom porto.

A aventura, em duas versões:
- Passeio (Slow Race) em duas etapas: Esposende - Rio Caldo / Rio Caldo - Montalegre;
- Competição (Race) numa só etapa: Esposende - Montalegre, com 146kms e 4000D+; 

Não farei aqui qualquer balanço, seria como "falar de um filho" e os nossos filhos "são sempre os mai'lindos do mundo"!

O melhor balanço encontra-se no facebook na página do evento pela opinião dos participantes.

Digo apenas: foi gratificante. E deixo o registo final de um fim de semana épico!

sábado, 15 de outubro de 2016

Rally à porta

O Rally de Portugal em 2017 vai ficar mais próximo de Esposende e isso representa uma oportunidade.

Já em 2015 alertava para o facto de Esposende turisticamente poder retirar alguns dividendos em 2016 da presença desta prova em Viana do Castelo e em Guimarães.

Sei que não seria fácil mas seria possível.

Em 2017 não há mais desculpas: o Rally de Portugal chega a Braga (que substitui o Porto) e a Viana do Castelo.

Já em 2016 quem andou pelas ruas e pelas lojas de Esposende, nos dias em que a prova passou por Viana do Castelo, certamente reparou que já se viram muitos entusiastas automobilísticos, especialmente espanhóis, passeando e a dormir em Esposende.

Isto diz-me que uma parceria com a organização, em termos de alojamento da caravana da prova, seria muito possível e, quem sabe, até fazer parte dos hotéis recomendados pela organização.

Claro que o desejável seria termos um percurso a percorrer o concelho, é uma questão de dinheiro.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Nem "otcho" nem "otchentcha"

Que o JNE é avesso ao poder é certo e evidente.
Agora tanto?
Fazer notícia de um lapso? Quem nunca os teve? Aliás, diga-se mais, no jornal em causa arrisco dizer que não há página que os não tenha!

Mais se note que pedir desculpa por terem cometido erro ao informar, baseados na notícia partilhada pelo município, é, soletrando r-i-d-í-c-u-l-o, tendo em conta que há mais de 8 dias que a versão correcta da notícia anda a ser difundida! (É daquelas coisas... para fazer "humor inteligente" é preciso reunir aqueles dois corolários e ainda um terceiro: sentido de oportunidade).
Por último... até que queria expressar este meu pensamento na secção de comentários, mas desde que um "cão se suicidou" ali para os lados da Conservatória estou impedido de comentar as publicações de tal informativo (cfr. também prova a impressão de tela - só me é permitido partilhar). É a democracia!

Só falta mesmo aquele tom de Artur Albarran: "O drama! O horror! Gabinete de comunicação comete lapso e causa o pânico nas populações! População apanhada de surpresa só não saiu à rua em manifestação porque o "assassino de Aguiar da Beira" ainda anda à solta"! Posto isto, razão tem o Jesus: nem "otcho" nem "otchentcha" minha gente!

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Aqui com os meus botões!

Sem querer entrar numa de Teresa Guilherme vem este meu post a propósito de um "like" que eu fiz numa notícia de obra do facebook municipal - sim, eu tenho facebook! E sim, quando entendo estar de acordo não me caem os dedinhos por expressar tal concordância, ainda que seja sob a forma de um "like".

Posto isto, não entendam os meus "likes" como sinal de casamento ou engate!
Há simplesmente coisas com as quais concordo!

A mais recente e porque me "dói" todos os dias é precisamente a necessidade de requalificação da Avenida de S. Martinho - no "lugar de Gandra da freguesia de Marinhas" (boca somente para barulho)!

Em boa hora se anuncia - e espero que em melhor hora se faça - a requalificação de tal arruamento. Espero sinceramente que a segurança dos peões suba uns furos pois é neste momento uma urgência. Circular a pé em tal via e sobretudo à noite é jogar na à roleta russa.

Claro que aqui com os meus botões, à margem de tal avenida ficava bem o parque da cidade (como já o referi em tempos). Sendo mais ambicioso ainda, ali pelo lado nascente da Solidal ficava "a matar" um Pavilhão Multiusos - que simultaneamente faria abrigo das nortadas a uma parte do parque.

Um Multiusos é coisa para custar muito dinheiro... mas o marasmo que por cá se vive quando chove é coisa para pesar também bastante na economia local.

Sendo ainda mais ambicioso... a norte desse ambicionado pavilhão ainda era capaz de haver espaço para uns campos de treino que poderiam servir simultaneamente a escalões de formação do FCM, ADE e Gandra (ainda que se mantivessem os actuais para os escalões sénior)!
(Sim, eu sei que isso é impossível, pois vivemos em tempos tão abastados que cada clube tem que ter estádio, ginásio e campos de treino secundários! A nossa rivalidade histórica é tão grande que nos permite usar o mesmo hospital e escola mas impede-nos de partilhar um campo de bola! Ou se calhar não! E enquanto vivermos na ilusão de "vir a ter" permanecemos sem nada! Com menos olhos que barriga era bem capaz de se fazer algo mais!)

Enfim... coisas dos meus botões!

sábado, 1 de outubro de 2016

Dinâmicas à esquerda precisam-se.

Falta 1 ano para as autárquicas e à esquerda Esposendense exigia-se maior dinâmica.
 
A distrital de Braga do PS deveria ter aprendido algo com a eleição de Ricardo Rio em Braga e com a forma como ele fez campanha durante 8 anos :Um presidente-sombra que aparecia a dar as soluções, a mostrar os problemas e a dizer como faria.
 
Não podemos esquecer que Mesquita Machado não esteve tão longe de sofrer uma catastrófica derrota em 2008 com esta forma de estar e só isso seria mais do que suficiente para as concelhias tirarem as suas elações.
 
Atendendo à luta fratricida que se avizinha na direita esposendense, o PS-Esposende terá uma forte hipótese de subir alguns degraus no pódio das votações e mesmo mantendo os seus habituais 20% poderá ser um pilar para uma solução governativa e obrigar o vencedor a fazer acordos e concessões para ver aprovadas grande parte das medidas.
 
Era necessário termos já um candidato definido, um nome e um programa eleitoral há mais de 1 ano ou  no limite a partir de 2014 para este candidato vir paulatinamente a cimentar a sua posição na sociedade esposendense mas nada disso existe hoje.
 
Podem dizer que existem certos e determinados procedimentos do PS que não permitem a apresentação de um candidato tão prematuramente mas então mais vale mostrar a bandeira branca de rendição.
 
Fazendo uma análise fria, e sabendo que as pessoas em causa deram o seu melhor nestas funções, a aposta contínua em Tito Evangelista e João Nunes eleição após eleição mesmo quando os resultados não melhoravam não só desgastou a imagem dos candidatos que já eram dados como derrotados mesmo antes das eleições como desgastou a própria imagem do PS-Esposende.
 
Também digo aqui sem quaisquer problemas que nestes anos todos apenas a vereação do PS é que representou uma verdadeira oposição ao PSD enquanto o CDS foi mais suave neste papel.  
 
E por falar em esquerdas não me esqueço do PCP.
 
Também seria necessário que o PCP fizesse este mesmo trabalho de fundo, este trabalho de formiga que é estar lá, propor e sugestionar.
 
Nos dias que correm não nos podemos queixar de faltas de meios para levar a mensagem que queremos e o PCP pode aproveitar a sua estabilidade interna para poder fazer o caminho que o PS parece não querer percorrer.