quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

psd, cds e MAMAS!

O espírito natalício anda ao rubro por cá!

PSD lançou um blog para responder a um ali denominado “lobby anti poder”! 

É certo que tal postura vem afinal confirmar a importância que é (exageradamente, digo eu) dada à blogosfera. Pensávamos nós que importante era ter um boletim para informar o verdadeiro povo! Afinal parece que não! 

Aguardamos por lá mais escritos, ainda que se reconheça que a forma exaustiva sobre a obra feita no primeiro post não deixa grande margem aos próximos.

Vá… se calhar não será um blog do PSD… afinal de contas o “editorial” refere que é “sem segundas intenções”! Esperemos para ver e ler! Mas a ser mais um movimento cívico… é caso para começar a fazer tremer os partidos! Os grupos de cidadãos que se agregam para pensar a polis tendem a concluir que não precisam dos partidos para dar voz às suas ideias, e daí a alhearem-se deles é um pequeno passo!

O CDS por sua vez aproveitou o natal para lançar um outdoor de boas festas. E eu, que nem tenho por hábito brincar com imagens… não resisti a dar um toque pessoal! (E atenção, não cobro nada por isto! Se quiserem podem usar em janeiro, aquando da vinda dos reis)!

Claro que em tempos de crise… fazer um outdoor representa um custo questionável… mas também há quem viva disto cá na terra por isso fica por cá o investimento. Melhor, entre ter lá estas caras ou a Cristas com um gráfico manhoso… assim fica menos mal!

Tanto se queixam de não terem antena no boletim municipal que lá arranjaram maneira de contornar a coisa, dando cara ao partido de uma forma… vá, digamos que moderna! Caricata até!! Mas se calhar… a coisa até que pode correr-lhes bem!

Podiam lançar um jornalzito do CDS? Podiam! Assim escreviam e diziam o que lhes apetecia! Mas talvez isso precisasse de muito “poder de fogo”, assim como quem diz “muito daquilo com que se compram os melões”! É coisa que não estará ao alcance de todos os partidos e em boa verdade, em regra, folhetins partidários tendem a ser algo que faz muito fumo e arde mal! Temos que pensar no ambiente antes de abater árvores com esse fim!

Voltando no entanto aos melões, porque nenhum outro partido publicou ainda as suas boas festas, eu tomo aqui a liberdade de dar a sugestão para um outdoor daqueles que cativam mesmo! E que estará perto de tratar por tu os 5 melhores outdoors que o CDS possa vir a fazer nos próximos anos.
Claro está que alguns associariam isto assim a uma espécie de “Partido da Mama”! É legítimo! Mas vão por mim e acreditem que esse até já existe ainda que de forma “não oficial”!

Este seria mais ao jeito PECD - partido de esquerda, centro, direita! E que bela geringonça!!

Eu, neste espírito natalício, deixo aqui esta modesta sugestão (bem… modesta é como quem diz!!) E assim ninguém se chateia! Da esquerda à direita ninguém negará que são um belos votos de boas festas!

Ps.: o título do post é meramente sugestivo! Mas arrisco dizer que este post terá mais visualizações que um certo canal que eu cá sei! E não querendo ser concorrente desleal... entre blogs com rosto e blogs com mamas... perguntem ao google quem tem mais visitas! :)

Esposende com mais rostos

Deixem-me saudar o novo blogue esposendense "Esposende com Rosto".

Se tantas vezes aqui me revoltei contra os blogues fantasmas recheados de meias-verdades e factos obtidos por debaixo da mesa, não poderia deixar de saudar Manuel Penteado Neiva e o seu "Esposende com Rosto", pessoa que não conheço pessoalmente, para um mais do que provável enriquecimento da discussão da vida pública e política de Esposende.

Fazendo a leitura do 1.º artigo do próprio, é claro que Manuel Penteado Neiva vai ser um crítico dos críticos relativamente ao poder instituído, o que por si só representa uma lufada de ar fresco no panorama comentarista local, onde parecia que estávamos sujeitos a uma "verdade única", muito em voga na realidade das redes sociais.

Apenas posso desejar que este blogue seja a confirmação do fim da letargia democrática e cívica em que Esposende se viu mergulhada durante anos.     

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Pôr-se a jeito

Ao cabo de 3 anos de mandato, apontam-se a Benjamim Pereira a incapacidade de decidir e fazer executar em tempo útil.
Na primeira reunião camarária deste mês, os vereadores foram chamados a deliberar sobre a submissão a consulta pública, pelo período de 30 dias, do projeto de regulamento de concessão de benefícios sociais aos cidadãos voluntários em corpos de bombeiros do município de Esposende. 
A deliberação foi aprovada por unanimidade, tendo o vereador socialista João Nunes aproveitado a votação para declarar a sua satisfação pelo facto de 347 dias após a sua proposta de criação do Cartão Municipal de Bombeiro - feita em Dezembro de 2015 – o Município ter, finalmente, aprovado medida que visa a concessão de apoios aos bombeiros.
O Presidente da Câmara é que não gostou da ousadia de João Nunes em querer arrogar-se como "pai" da medida, e quis também reclamar para si a autoria do benefício: "Recordo que o primeiro compromisso de atribuição de benefícios aos Bombeiros foi por mim apresentado publicamente em março de 2014, no jantar de comemoração do aniversário dos Bombeiros Voluntários de Esposende."
Ou seja, João Nunes, chamando para si os louros da criação de medida de apoio aos bombeiros, não deixa de criticar o facto de esta ter demorado quase 1 ano a ser concretizada. Benjamim Pereira, em resposta, diz que a iniciativa é que partiu do seu lado, não se dando conta porém que, sendo assim, a medida foi concretizada não passados 347 dias, como referiu João Nunes, mas, antes, passados...989 dias!
Pela própria boca morreu, assim, uma boa oportunidade para Benjamim Pereira desfazer a ideia de que é um Presidente que não executa, em tempo útil, os compromissos que faz...

sábado, 17 de dezembro de 2016

Novos ventos no CDS

João Pedro Lopes foi eleito líder da concelhia do CDS e isso promete novos ventos.

Espero que a nova direção consiga dinamizar o partido e retirá-lo da letargia e do estado comatoso em que se encontrava e termos mais um partido de verdadeira oposição em Esposende. Como João Pedro Lopes disse, e algumas vezes o escrevi aqui, o CDS vivia da nostalgia de uma época de ouro e corria o risco de se extinguir calmamente.

Não tenho muitas dúvidas que o CDS ganhará um novo poder-de-fogo mediático junto da comunicação social concelhia, o que lhe trará dividendos. Mas o mais interessante destes primeiro ano da nova direção será a escolha do candidato do CDS às autárquicas.

Berta Viana no passado foi muitas vezes criticada por João Pedro Lopes pela sua cumplicidade com o PSD e pela aprovação de diversas medidas do executivo, o que não lhe deve garantir um lugar como candidata pelo CDS, mas parece ser um elemento a ter em conta nesta nova concelhia, o que me deixa com curiosidade para perceber que papel ela terá no futuro da mesma.

Sabendo que João Pedro Lopes não será o candidato, ele já foi tentando estabilizar as expetativas afirmando que não está nos seus horizontes o apoio a candidaturas independentes e que a decisão será colegial e não uma escolha pessoal, o que na minha interpretação pessoal seria o mesmo que ter dito "João Cepa: já cá estou, agora convence-os tu".

Mas a solução que melhor serviria o CDS seria a do candidato próprio, alguém que consiga fazer política de uma forma constante e construtiva fazendo do seu vereador e do seu presidente de concelhia 2 "braços armados" da divulgação das ideias do partido.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Irão, a calma revolução

Almoçar um cheeseburger e uma Coca-Cola na Mesquita do Ayatollah Khomeini seria algo impensável há alguns anos atrás mas isso já não é o Irão atual.

O Irão é hoje um dos poucos países a nível mundial com  perspetivas de crescimento económico sólidas e constantes nos próximos anos em virtude do levantamento do embargo económico a que o país estava sujeito em função do seu controverso programa nuclear.

Lendo a imprensa financeira iraniana em inglês, sim ela existe, é claro que o ambiente económico fervilha de novas oportunidades: É a Petrobras que vai construir uma nova refinaria no pais, é a Boeing que vai vender 70 aviões para a Iranair, as empresas de transporte de mercadorias holandesas já pedirem licenças de atividade, são as empresas de construção civil alemãs que já montaram gabinetes de orçamentação na capital.

No hotel em que fiquei hospedado foi um corrupio de comitivas oficiais e de ministros, desde alguns comissários europeus que participaram em conversações sobre transportes até ao ministro do comércio da Nova-Zelândia passando por uma comitiva de ministros suecos e polacos até membros da assembleia nacional Indonésia. Só ao 2º dia é que me apercebi que tinha tido estado a tomar o pequeno-almoço com o Ministro da energia brasileira e alguns dos membros da administração da Petrobras ao meu lado e tinha conhecido um "testa-de-ferro" de capitais camaroneses.

Isto demonstra que as expetativas são altas.

Mas também houve presença portuguesa. Num restaurante em Teerão tive um encontro ocasional com um designer português que estava inserido numa comitiva internacional de designers do mobiliário de luxo que preparavam a sua entrada no país já que olhando para Teerão, uma cidade do tamanho geográfico e populacional de Londres, aos já frequentes arranha-céus começam a florescer mais prédios e torres de escritórios o que denota que o clima é de confiança.

Mas os sinais das sanções ainda se verificam.

O sistema bancário iraniano vive numa autêntica "Ilha" onde os cartões de crédito estrangeiros não funcionam com todos os pagamentos, dos hóteis ao visto de entrada, a serem feitos em dinheiro e com dificuldade em trocar dólares.

Nas ruas de Teerão os Peugeot 405 e 206 produzidos na fábrica da Khodro ainda enchem as ruas, sendo francamente estranho estar a andar um carro com a tecnologia de 1988 produzido em 2014. Se não viu um Peugeot 405 é porque não esteve no Irão.

Mas mais do que o clima financeiro otimista o que mais impressiona é a disparidade de realidades nesta cidade.

O Irão continua a ser uma das sociedades islâmicas mais fechadas, apesar de Xiita, sendo ainda proibido a venda de álcool, as mulheres têm de usar véu, o metro e alguns edifícios governamentais têm entrada para homens e outra para mulheres, poucos são os espaços desportivos mistos, os ginásios desportivos ou são para homens ou só para mulheres, não existem pubs, bares ou discotecas.

Ao contrário das nossas sociedades, aqui as lojas de roupa que imperam nas zonas mais caras são as masculinas sendo que em cada 10 lojas de roupa 9,5 são para homem e 8,5 são de confeção de fatos e então se  falarmos de sapatarias a relação deve ser de 10/9,9 e 10/8,9.Mas também existem lojas de lingerie e de roupa feminina, quase sempre atiradas para as periferias da cidade.

Teerão, uma cidade maior que Londres ou Moscovo, morre a partir das 23:30 não havendo atividades licitas a não ser os cinemas a partir dessa hora já que desde a revolução islâmica de 1979 que os espaços de diversão noturna são proibidos pela lei islâmica.

Andando pelas ruas paralelas às ruas principais repara-se que existem atividades que se escondem dos olhares da pouco presente polícia dos costumes, com sons de discoteca abafados a surgir das traseiras de restaurantes e armazéns de expedição e grupos de jovens raparigas a passarem com as suas legins super-apertadas e saltos altos a passarem para estas zonas. Rezam as crónicas que nesta cidade as festas são dadas em casa de alguém que já montou algo semelhante a uma discoteca e que nestes espaços escondidos atrás de um negócio legítimo é onde os véus caem e surgem os vestidos decotados e os saltos-altos e onde a vida noturna corre e até pode ilegalmente existir álcool.

Num dos mais badalados restaurantes de Teerão assisti às jovens que celebravam o aniversário de alguém  impecavelmente vestidas com o último grito das marcas de alta-costura francesa a recolherem a uma zona mais privada para tirarem fotografias sem os véus e os lenços que cobriam as pernas.  

Dizem os entendidos que no Irão se segue a máxima " o que se passa nas 4 paredes fica dentro delas" e isso pareceu-me claramente implementado.

Mas já podemos ver pares de namorados de mãos-dadas na rua e em algumas ruas mais escuras podemos mesmo assistir a um beijo furtivo. Muito longe parecem estar os tempos das mulheres de negro com as imagens de Khomeini a declararem fidelidade eterna à lei islâmica.

A diferença entre as classes ainda é gritante. 

Se na zona norte da cidade temos os ricos da sociedade, onde imperam os desportivos italianos e carros de luxo alemães e as moradias de luxo na zona sul temos as crianças que apanham lixo na rua e os refugiados das guerras que se passam na sua fronteira, Afeganistão, Iraque e Azerbeijão. 

O organizado e limpo metro de Teerão é a loja em movimento para muitos destes habitantes, sendo impossível não apanhar um pelos menos 3 vendedores de qualquer coisa no interior do metro: desde lapiseiras a cadernos de colorir passando pelos cintos e capas para almofadas.

Nos locais de culto religioso é possível ver as os grupos de pessoas que vêm das paragens mais remotas e a diferença para com as populações da cidade é gritante, se de um lado temos pessoas que poderiam passar por habitantes de uma qualquer cidade na Europa por outro temos os pessoas saídas diretamente das tribos que usualmente vemos nos documentários do National Geographic.

Andando pelas ruas ainda muitos são os sinais de animosidade contra os EUA, ainda havendo murais frescos com pinturas evocativas da resistência aos EUA, da sua possível invasão e dos tempos da guerra contra o Iraque. Não nos podemos esquecer que ainda hoje a guerra contra o Iraque é o momento marcante na História moderna neste país, quando a cidade foi bombardeada a partir do Iraque. Essa memória ainda hoje vive no Parque da Guerra Sagrada.

Mas no fim e apesar das grandes diferenças, somos muito parecidos : Passando por um shopping reparo num aglomerado de pessoas que estavam especados a olhar para uma televisão que viam o Barcelona-Real Madrid!

O Irão é uma realidade única e uma realidade de que ouviremos falar nos próximos tempos pelas melhores razões.

Algo me diz.

Azerbeijão, um país na Marginal

Por mais incrível que pareça, falar de Baku parece que estamos a falar de Esposende.
Se em Esposende muitos se queixam da omni-presença da Marginal, o que dizer de Baku onde não é apenas uma cidade, distrito ou região que vive a Marginal mas sim um país inteiro.
Toda a Marginal está pensada para ser o postal bonito do país e mesmo com a baixa do petróleo continuam a crescer os hotéis de aço e vidro e os pavilhões do governo que irão albergar mais espaços públicos como museus e pavilhões temáticos.
Poucos são as atrações turísticas publicitadas que não se encontrem na Marginal de Baku, desde as torres em forma de chama que se iluminam à noite até ao pavilhão onde foi realizada a final do Eurovisão da canção, passando pelo Museu das Carpetes e pela recriação de Veneza com gôndolas e pontes ao estilo veneziano e o recinto de BMX.
 As grande exceções são a Cidade Velha, que nos invoca os tempos da Rota da Seda e os fenómenos da "Terra Ardente" que surgem devido à facilidade de extração de petróleo e dos seus derivados.
Para além da Marginal também as ruas paralelas à mesma sofreram grandes restauros e enriquecimento com prédios em estilo neo-clássico a florescerem e os antigos prédios a sofrerem renovação, criando uma aura de Nice nesta zona da cidade, sendo natural que a corrida de F1, o grande evento nacional, decorra entre a Marginal  e estas ruas. 
Andando nas ruas do circuito é constatável um excelente piso de alcatrão e por vezes encontramos os famosos corretores de trajetória nas curvas mais apertadas em plena rua e impressionante olhar para a curva da Torre Maiden, o local mais apertado de todo o circuito mundial de F1, onde um piso de alcatrão temporário é colocado para preservar a calçada original. Mas não apenas da F1 o Azerbeijão quer fazer sustentar o seu turismo desportivo.
As modernas infraestruturas que se encontram na periferia permitem que Baku se projete para maiores eventos do que o da F1. Depois de ter albergado os primeiros Jogos Europeus, Baku será uma das cidades que vai albergar o Euro-2020 e têm consistentemente apresentado a sua candidatura a uns Jogos Olímpicos de Verão, estando o governo apostado em tornar Baku numa referência do turismo do Cáspio, atendendo ao previsível crescimento económico do vizinho Irão tudo indica que isso será uma aposta ganha.
Por vezes o modernismo chega a ser exagerado, e no moderno e arquitetónico Aeroporto de Baku é quase impossível encontrar um souvenir local no meio das lojas de relógios suiços ou de ourivesaria francesa.
Mas a Marginal não se tornou este postal ilustrado nos tempos mais recentes.
O Azerbeijão, e Baku em especial, foi o local onde nasceu a indústria petrolífera e a sua extração ganhou foros de indústria credível e onde nasceram os primeiros impérios e com isso existe uma abundância de recursos que está espelhada nos edifícios do séc. XIII. Aqui foi onde nasceu a BP, onde os irmão Nobel fizeram parte da fortuna que financiou os prémios Nobel e onde Calouste Gulbenkian fez a sua fortuna.
Esta facilidade de acesso ao petróleo e aos seus derivados ainda hoje marcam a paisagem circundante, já que a apenas 20 km's do centro da cidade os poços de petróleo e as máquinas de extração são o panorama geral e é impossível não sentir o cheiro a gás que existe no ar sem estarmos perto de uma das zonas de extração.
Se mais evidencias fossem precisas, os fenómenos da montanha ardente seriam  a prova final dos imensos recursos que existem nestas paragens. O gás está tão perto do solo que se inflama em contacto com o oxigénio quando libertado através de fendas e arde continuamente num processo que quase chega a ser saído de um filme de ficção científica já que o solo se incendeia por si mesmo.
Mas nem tudo é turístico em Baku.  
Todas estas extravagâncias têm a iluminação cortada à meia-noite e a poucos quilómetros da cidade é quase impossível ter iluminação publica e estradas em boas condições.
E se nem tudo é turístico em Baku, muito menos no resto do país.
O Azerbeijão é um dos muitos países da ex-União Soviética que vive na sombra mediática da Rússia e que através de acordos e concessões a diversos interesses mantêm uma acalmia de pressões externas que noutras latitudes seria altamente reprovada. O mesmo partido têm ganho as eleições desde 1992, sempre com 85% de votos, e o Presidente eleito têm quase poderes absolutos sobre o resto da vida política Azeri e a liberdade de expressão é como o forte vento que sopra do Cáspio, passa de vez em quando e desaparece.
Andando nestas ruas e nos seus bons restaurantes é impossível perceber que estou num país que há 8 meses esteve num conflito armado numa das suas regiões/enclaves, Nagorno, e que vive em estado de conflito com a Arménia desde 1992.
Nagorno é um dos mais estranhos enclaves na Europa e no Mundo, já que é uma região de maioria arménia mas está incluído no território do Azerbeijão mas têm uma capital própria, uma bandeira própria, inspirada na da Arménia, e um passaporte próprio. As autoridades Azeris não permitem que se aceda a esta região pelo território Azeri, sendo apenas visitável pelo lado  arménio.
Foi-lhes prometido que seriam Arménia em 1992 e mesmo após o conflito de 1992 ficaram no Azerbeijão nesta situação quase insustentável.
Ainda me surpreendo como me surpreendo com o caos geo-político deixado por Gorbatchov.
Esta fronteira é uma das mais selváticas do Mundo, sendo conhecida como o Inferno dos atiradores-furtivos onde todos os meses se registam mortes de soldados em ambos os lados. Separadas por 2 muros e umas centenas de metros de terreno limpo, demorar mais do que alguns segundos com a capacete fora da muralha é um passaporte certo para ser alvejado pelo lado  contrário.
Nada disto é agradável para colocar nos postais mas o memorial dos mortos do conflito de 1992 situa-se nos dos locais mais visitados pelos habitantes da capital.
Sendo este um país que requer visto aos seus visitantes é incrível perceber que as respostas afirmativas à questão se já fomos presos, ou se consumimos droga, ou se trazemos pornografia infantil não são motivos para revogar o pedido mas afirmar que já se visitou a Arménia ou que se quer trazer produtos arménios para o país é um "Não" rotundo.
No fundo, o Azerbeijão fará o seu caminho montando nas suas riquezas naturais, tornando-se um postal aparentemente cada vez mais bonito para quem o queira visitar. 

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Futebol - balanço da 1.ª volta

A edição 2016/2017 do campeonato nacional da Associação de Futebol de Braga chegou ao termo da sua 1.ª volta. Tempo, então, para um breve balanço.
O registo das 4 equipas do concelho (Associação Desportiva de Esposende, Futebol Clube de Marinhas, UD Vila Chã e Forjães Sport Clube), ao cabo das primeiras 17 jornadas, foi bastante modesto, ficando aquém das boas expectativas aquando do arranque da temporada.
Reflexo disso é o facto de nenhuma equipa concelhia figurar na primeira metade da tabela. O melhor lugar pertence ao Esposende que milita na 12.ª posição (em 18).
A primeira volta das equipas locais fica marcada pela tentativa constante de fugirem aos lugares de despromoção. Aliás, nesta primeira metade da época, 3 das 4 equipas concelhias já fizeram uso da chicotada psicológica (Esposende, Vila Chã e Forjães).
Honra seja feita ao Marinhas que depois de um péssimo arranque, não cedeu à tentação de despedir o seu jovem treinador (mas com muitos anos de casa), Rui Vasquinho, posicionando-se, agora, fora da zona de despromoção. Paciência é uma virtude muito importante no futebol.
Muitas equipas deixam para a 2.ª metade da época o seu pico de forma. Esperemos que seja o caso das equipas concelhias e que as próximas 17 jornadas não sejam o sufoco e pressão pelos pontos que caracterizaram a primeira volta. 

domingo, 4 de dezembro de 2016

Ainda o canal!

Numa passagem por Guimarães na passada sexta-feira deparei-me com uma intervenção numa zona que num passado relativamente recente me era bem conhecida.

Questionando a razão da intervenção, eis aqui a explicação.

Conhecendo o problema do passado em que por lá andei, achei interessante a solução, tanto mais que se afigurava perfeitamente exequível por cá, sem necessidade de 4,5kms de trincheira em volta da cidade.

E sendo já conhecido o custo estimado do canal e da comparticipação do Estado, há uma questão que ainda não foi colocada ou pelo menos a resposta ainda não foi tornada pública.

Em quanto vai a estimativa de indemnizações a pagar aos proprietários? E de caminho: o montante previsto para a execução já contabiliza essas indemnizações, ou são contas distintas?

É que este valor, pelo menos por defeito já é conhecido do Município, uma vez que já notificou os proprietários das avaliações propostas!

E num "detalhe" destes, facilmente passa para 6 (ou mais) o que se anuncia custar 4 milhões.

Se alguém souber...

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Igreja de Esposende - ano novo, começo novo?

Há cerca de dois anos, a revista do Expresso publicou uma reportagem sobre 10 missas no país (5 em Lisboa, 5 no Porto) que estão sempre lotadas ao fim de semana, fugindo do registo de progressiva perda de fiéis nas Eucaristias, que, actualmente, caracteriza muitas das paróquias espalhadas pelo país fora. A missa do Campo Grande, em Lisboa, foi um desses exemplos.
Desde os meus tempos de estudante universitário, que fui paroquiano "emprestado" da igreja do Campo Grande e, sempre que calha estar em Lisboa no fim de semana, tento lá ir. Ontem, dia de arranque do novo ano litúrgico (Ano A - São Mateus), foi um desses casos. 
A missa em questão não foi a que ilustrou a reportagem do Expresso (missa das 12h do conhecidíssimo Pe. Vítor Feytor Pinto), mas outra que também não lhe fica atrás: a missa das 17h45, do jovem Frei Filipe. Para não variar, estava cheia, cheia.
Esta missa tem vários méritos: um padre cativante, com boa oratória, que chega a todos os fiéis, bons leitores, que não comem as palavras, não falam para dentro ou não lêem depressa, e um coro muito dinâmico, desde o número de vozes, passando pelos instrumentos que acompanham as músicas (viola, violino, instrumentos de sopro). Ah, e as músicas interpretadas costumam ser muito boas.
Durante a homilia, contava o Frei Filipe que nessa manhã, quando assistia à Eucaristia pela televisão, só lhe apetecia chorar, não de alegria, mas de tristeza, tantas eram as pessoas acima dos 70 anos que, na quase totalidade, ocupavam os bancos da igreja. Jovens, nem vê-los. Perguntava então, o Padre, o que é que se está a passar para os seus irmãos padres não estarem a conseguir atrair os jovens.
A pergunta, lançada pelo Frei Filipe, não se confina às quatro paredes da igreja do Campo Grande, encontrando eco pelo país fora. A igreja no concelho de Esposende é, também, bom exemplo de que há algo que não vai bem. Há muito tempo.
Se há missas, de norte a sul do país, que conseguem estar sempre cheias, então é porque o problema não se resume somente à falta de crentes. Seria uma justificação demasiado simplista e conveniente para deixar as coisas andarem como estão.
Neste ano novo litúrgico que ora se iniciou, seria bom que a igreja no concelho tomasse consciência que a fórmula adoptada nestes últimos anos não está a servir, tomando acção no sentido de vislumbrar e adoptar novas abordagens, à semelhança das boas práticas seguidas por outras paróquias (como a do Campo Grande), que contribuam para voltar a encher as igrejas locais, como sucedeu até um passado não tão longínquo assim. 

sábado, 19 de novembro de 2016

Lesados do Município

Pensava eu que o blogue do João Ratão seria o último fóssil da época dos blogues anónimos em Esposende mas enganei-me.

Agora temos mais uma página anónima que, tal como todas as outras, quer lutar contra esse monstro que é o Município e que apela à revolta popular em geral, os "Lesados do Município de Esposende".

Neste caso específico parece que existe um diferendo judicial entre o autor do blogue e a Câmara Municipal, o que para uma página que se quer anónima não deixa de ser estranho darem o número do processo em causa.

Não ponho em causa que a pessoa em causa possa ter sido mal tratada e que até tenha razão na sua causa mas começa a ser cansativo estas páginas e blogues "cometas" que aparecem e desaparecem e que apenas buscam a confusão e o arraial. Seria bom para  a sociedade e para o melhor funcionamento das instituições que estas páginas e blogues tivessem uma cara e um nome para que as causas e os casos tivessem um rosto.

Até que me provem o contrário, o anonimato é um sinal de fraqueza.

Espero apenas que os lesados das eleições para as concelhias dos diversos partidos à direita não se lembrem de utilizar os casos que por lá aparecerão para as suas causas.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Dia Nacional do Mar ou do esquecimento?

Desculpem mas não consigo resistir a esta provocação.

Pensava eu que iria ver os nossos políticos, apolíticos, bloguistas, partidos, autarcas, oposição, jornais a abordarem temáticas alusivas ao Dia Nacional do Mar, mas nada.

Admito que nem me debrucei sobre esta temática já que imaginava que a internet seria invadida com alusões às pescas, pescadores, desportos náuticos entre outros mas nada se passou.

Num concelho debruçado sobre o Mar, confesso que achei estranho.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Proteger a Clarinha de Fão

São o prato mais típico e mais conhecido do concelho de Esposende e é nesse que as nossas forças vivas deveriam apostar e divulgar, as Clarinhas de Fão.

Depois da tentativa falhada do "Polvo da Pedra" que pouco diz às pessoas e que pouca colagem tem ao concelho, está na hora de protegermos o que realmente importa.

As Clarinhas de Fão são um dos maiores cartões de visita do concelho e é uma das primeiras coisas que vêm à cabeça das pessoas quando se fala de Esposende além fronteiras concelhias, o que faz da sua divulgação e preservação da origem uma necessidade.

Nos tempos recentes fui presenteado com clarinhas de outras localidades que nada têm a ver com Esposende, com receitas que não são as originais e em alguns casos de baixa qualidade face ao original.

Podem imaginar a minha cara de espanto quando me disseram que em Famalicão existem Clarinhas de Fão.

É tempo de olharmos para este nosso produto e perceber que ou tratamos dele ou alguém o trata por nós.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

A Queda

A requalificação da marginal de Esposende tornou esta parte da cidade ainda mais apelativa e local privilegiado de locais e forasteiros para caminhadas e corridas sempre que São Pedro brinda o povo com um tempo fantástico, como foi o caso do passado domingo.
Infelizmente, a manhã dominical ficou marcada por um acidente que, de certo modo, já estava anunciado. Uma senhora fazia a sua caminhada, quando uma das travessas do passadiço, junto ao Pé no Rio, partiu, causando-lhe ferimentos numa perna.
Ao longo da marginal, nos passadiços de madeira, são visíveis alguns sinais de desgaste, desde pedaços de madeira partidos ou prestes a cederem. Quem olha para a imagem que ilustra este texto (retirada do Esposende Serviços) constata a fragilidade da resistência do passadiço (pessoalmente, considero que a zona que neste momento inspira maiores cuidados é o passadiço que liga as piscinas à doca de pesca). 
O acidente do passado domingo não deve ficar sem consequências. Para além do levantamento que importa fazer às partes do percurso que estão em risco de partir/ceder, tendo em vista a sua prevenção e resolução, convém, igualmente, avaliar a pertinência de uma intervenção de fundo, substituindo partes ou a totalidade do passadiço por materiais mais resistentes e de qualidade superior. O pior que poderá acontecer, para futuro, é serem feitos remendos e remendinhos ao sabor destes incidentes. O custo agregado final dessas intervenções muitas vezes acaba por equivaler ao valor a que corresponderia uma intervenção de fundo.

sábado, 12 de novembro de 2016

Havemos de ir a Viana

Aproveitando a época de Inverno em que Esposende está menos sensível aos temas turísticos e ao eterno "aparecer ou fazer", gostava de falar de Viana do Castelo.

Sou suspeito para falar de Viana do Castelo, já que é a cidade com que sinto maior afinidade, carinho e simpatia. Se tivesse de morar noutro sítio que não Esposende, era lá que morava. Sendo uma cidade minhota com uma vertente turística, as comparações parecem-me algo inevitáveis e as consequências do não "aparecer".

Começando pela cidade em si, a todos os estrangeiros que mostro as fotos de Viana do Castelo e que já tenham passado várias vezes por Portugal dizem que desconheciam aquela cidade, sendo normal muito deles já terem visitado Ponte de Lima e não Viana do Castelo, e que com certeza a querem visitar numa outra oportunidade.

Recordo aqui que Viana do Castelo tem uma das melhores pousadas do Grupo Pestana e um dos melhores restaurantes e bar a norte de Coimbra.

Olhando para os seus monumentos, da Santa Luzia à ponte Eiffel, passando pela Praça da República até ao novo parque da cidade passando pela Biblioteca Municipal pensada por Siza Vieira e pelo navio Gil Eanes e acabando nas praias, não podemos dizer que argumentos lhe faltem para atrair as pessoas e os visitantes.

E depois de falar  em monumentos, falemos de eventos.

A Sr.ª da Agonia é a maior romaria de Portugal e isso diz quase tudo, Viana do Castelo ainda conta com a passagem do Rally de Portugal nas suas freguesias desde que este passou a contar para o Mundial da especialidade e é a casa da Seleção nacional de ténis onde decorre a etapa portuguesa da Taça Davis. É o local de um dos melhores eventos de música eletrónica no país. Penso que poderemos dizer que só estes eventos já são satisfatórios e que fariam a alegria de muito autarca por esse Portugal fora. 

E depois de monumentos e eventos, falemos das infraestruturas.

Viana do Castelo conta com um dos mais importantes porto de mar de Portugal, tem uma ligação ferroviária e é um nó para diversas autoestradas. Mais uma vez, não me parecem argumentos de baixa-valia.

Mas a verdade é que Viana do Castelo não descola, não avança, não vê a sua indústria de turismo a florescer e a desenvolver-se como Porto, Braga ou até Ponte de Lima. Falta a publicidade, o anúncio, a comunicação, a atração das pessoas para a cidade e que mais tarde cria a "movida" e a "moda" de ir a Viana do Castelo.

Aquilo  que muitos criticam em Esposende, é aquilo que falta a Viana do Castelo e que lhe quase deita por terra os seus argumentos de ser uma das capitais do turismo em Portugal.

Pensemos nisto.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

"O Infante"

Tropecei por estes dias numa partilha de amigos no facebook nesta ligação.

Às vezes passam-nos ao lado certas informações mas quando nos deparamos com notícias destas creio que se impõe a boa "obrigação moral" de divulgarmos o que é dos nossos. Não que com isto se entenda qualquer bairrismo saloio ao jeito "só porque é dos nossos é bom", mas sim pelo respeito que se impõe ao mérito enorme em quem leva a cabo uma empreitada de escrita. (É que gostar de ler... é uma coisa bastante simples quando comparado com a heróica tarefa de escrever! Que escreve arrisca o limbo! Arrisco deturpar o dito popular que diz que "os olhos são o espelho da alma", para "a escrita é o espelho da alma!" Quem escreve uma obra literária atira para lá tudo de si na difícil tarefa de que quem lê o não encontre a si mas ao seu personagem. Isto só por si já não é tarefa fácil!

Ficam assim aqui os nossos parabéns ao Sr. Filipe Queiroga pela obra, o desejo que seja um sucesso e, porque não dizê-lo: que mais venham!

Deixo apenas estas palavras, retiradas do blog em ligação, pois creio que serão o suficiente para relembrar muitas histórias de vida de gentes nossas:

"O Zacarias provém de uma família pobre, sem grandes recursos, mas sempre desvalorizou as coisas materiais na sua vida, dando privilégio às relações humanas como a amizade e o amor. E mesmo com todas as contrariedades que lhe foram aparecendo pela frente, nunca se absteve de dar mais um pouco de si..."



sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Exame à Câmara – 3.º ano de mandato

Cumprido, no passado dia 7, o 3.º ano de mandato do executivo esposendense, o Largo dos Peixinhos volta, à semelhança do 1.º e 2.º anos de mandato, a fazer um balanço sobre a prestação do presidente da Câmara e de cada um dos vereadores eleitos. 

Benjamim Pereira (2016  12 valores; 2015 – 12,5 valores; 2014 – 13 valores)
(Presidente, com os pelouros da Gestão de Projetos e Obras Municipais, Gestão Financeira e Fundos Comunitários, Gestão Urbanística, Ordenamento do Território, Juntas de Freguesia, Comunicação e Marketing Territorial.

Francisco Melo: Cumprido mais um exercício, não será arriscado resumir, a um ano do seu termo, o que foi o mandato de Benjamim Pereira: conseguiu não estragar o que de bom foi feito por João Cepa. No demais, não existe uma identidade ou marca próprias que se possam atribuir ao edil esposendense nestes 3 anos. E não foi por falta de aviso, pelo menos dos escribas deste espaço.
Penafiel, Estarreja, Tondela, só para citar exemplos de alguns concelhos com quem Esposende se pode comparar, são autarquias que apostaram forte na captação de empresas e geração de emprego nestes últimos 3 anos. A sacra pergunta, que nos colocamos, é o porquê de Esposende não ter também ousado disputar esse campeonato. Sobretudo quando as principais obras de regime já tinham sido feitas e Benjamim Pereira, até para se demarcar do seu predecessor, tinha tomado como lema do seu projecto autárquico «Ganhar o Futuro».
As anunciadas obras para as freguesias, cujo calendário de inaugurações coincidirá com o ano em que se realizam as eleições (oh que surpresa!), não são mais do que o expediente, mais velho do que a Sé de Braga, de encher a vista ao povo e com isso tentar captar o respectivo voto. Mas, em termos práticos, o impacto desse investimento, quanto a fazer mexer o concelho, gerar emprego, dinamizar a economia local, etc., como diz um muito conhecido treinador de futebol, bola!
Esperava-se rasgo do edil esposendense, mas esse atributo continua a marcar falta de comparência.
Nota: 12 valores
João Felgueiras: Três anos decorridos sobre a governação do Município de Esposende e Benjamim Pereira a meu ver ainda não “ganhou o futuro”, pelo menos o do concelho de Esposende.
Quando olhamos para a governação do Município, com Benjamim Pereira ao leme, olhamos para uma espécie de gestão corrente, onde não se vislumbram grandes obras lançadas e executadas pelo executivo, onde não se vislumbra rasgo quanto ao que se pode fazer diferente face a concelhos vizinhos. Quando falo em “fazer diferente” é mesmo “fazer diferente” e não reaproveitar algumas receitas já de si bem consolidadas e coloca-las em funcionamento no concelho de Esposende, muitas delas nem se conseguem adaptar e são destinadas ao fracasso. Em relação a obras públicas não fossem os investimentos feitos pela Polis Litoral Norte, pelas Águas do Norte ou outras entidades e até ao dia de hoje assistiríamos a apenas obras de requalificação e de reajustamento, as quais são bem necessárias, mas sabe a pouco.
Outro aspeto em que não se “ganhou o futuro” e é uma repetição do passado, é a alavancagem económica, a modernização do tecido empresarial do concelho e por sua vez a criação de postos de trabalho efetivos. Neste ponto estamos quase conversados, porque pouco ou nada se tem visto… Aquilo que apelidei de “empreendedorismo camarário” está esquecido, metido numa gaveta de um qualquer gabinete… Fala-se em projetos, mas estes tardam em ver a luz do dia!!! Não é a Câmara que investe na industria, mas a câmara tem de ser capaz de atrair investimento, porque em termos de qualidade de vida, o concelho de Esposende, queiramos ou não está bem cotado.
Volvido mais um ano, dois projetos fulcrais para o desenvolvimento do Concelho que foram apresentados com pompa e circunstância, merecendo aplauso generalizado; até agora não passaram do plano das intenções. Refiro-me aos casos do Forte de São João Batista e o da Estação Rádio Naval de Apúlia. Continuo a fazer votos que os projetos vejam a luz do dia o mais rapidamente possível. 
A opinião pública acusa Benjamim Pereira de ser um Presidente “ausente”, acusa-o de não se conseguir marcar uma reunião para tratar de assuntos de importância concelhia, acusa-o de estar mais preocupado com o seu futuro, será assim? Eu quanto a isso não me posso pronunciar.
O próximo ano será o ano das decisões e até ver, parece que será usada a “fórmula gasta” de deixar as obras de monta para o final do mandato e assim alavancar a votação nas eleições. Com a saúde financeira Camararia isso pode ser feito, mas veremos até que ponto a população irá na conversa, ainda para mais com possíveis candidaturas independentes.
Nota positiva para o desagravamento de impostos camarários que tem vindo a fazer e a promessa de baixa do IMI para o valor mínimo por lei de 0,3% no próximo ano. Aguardemos que seja executada.
Nota: 11 valores
João Paulo Torres: A última vez que neste preciso espaço entendi opinar sobre o trabalho do executivo e do seu líder - ainda que a propósito da redistribuição de pelouros efectuada em Janeiro deste ano -  a proeza valeu-me aquilo que na “gíria” se qualificaria como “chamada ao confessionário”!
Para meu grande espanto não me deparei com os decotes da Teresa Guilherme - o que só por si seria já mau o suficiente - mas deparei-me sim com os meus escritos que por aqui passam impressos em papel! Fiquei honrado, é certo! Nunca me ocorreu editar as minhas crónicas, pese embora venha sendo algo bastante frequente, mas ali, naqueles momentos, perante tal evidência, saboreei o potencial da coisa!
Entendo contudo que tal dispêndio de tempo em torno da minha linha de pensamento - não tencionando eu fazer escola - foi uma terrível perca desse bem tão escasso em certas agendas! Abstenho-me assim de dissertar sobre o trabalho deste interveniente (e até com um certo lamento, pois este ano teria algumas coisas de positivo a apontar), apenas com uma esperança: o tempo que me poderia vir a tocar para nova “chamada ao confessionário” possa ser afecto a entrevistar algum munícipe com problemas reais para resolver, problemas esses que serão garantidamente mais importantes que a minha opinião bloguística.
Nota: não atribui.
Manuel Pereira: Manteve a mesma rota dos anos transactos, baseando grande parte da sua comunicação nos eventos culturais e desportivos, sendo muitas acusado de ser um presidente festeiro.
Para manter a mesma avaliação do ano passado tive em conta a retoma do processo do Parque da Cidade e anunciou também alguns milhões para diversos projectos nas freguesias, o plano de investimento que contrapõe com a ausência de um projecto ou medida para o fomento da criação de emprego ou do desenvolvimento industrial do concelho a sua principal pecha e que lhe pode valer algumas dores de cabeça na próxima campanha eleitoral tendo escapado do caso “Universidade do Minho” ao não conseguir que um instituto de investigação se fixasse em Esposende.
Do ponto de vista da atividade política, manteve-se quieto enquanto líder do PSD, recebendo o apoio dos presidentes da junta eleitos pelo PSD e algo me diz que neste mês de Outubro o estado de letargia em relação aos ataques de João Cepa acabou.
Nota: 12 valores.

Maranhão Peixoto (2016  12 valores; 2015 – 13,5 valores; 2014 – 14,5 valores)
(Vice-Presidente, com os pelouros do Desenvolvimento Económico, Agricultura e Pescas, Comércio e Indústria, Mercados e Feiras, Energia, Mobilidade, Proteção Civil e Segurança, Florestas)

Francisco Melo: Com perfil vincado para as áreas da Educação e Cultura, onde poderia fazer a diferença, tem antes a seu cargo as pastas económicas do executivo, onde não sobressai.
Um vereador polido e disponível mas, claramente, como um peixe fora de água, o que será por certo injusto face às competências técnicas com que poderia acrescentar valor no Executivo.
Nota: 12 valores.    
João Felgueiras: A par de Rui Pereira é o que mais aparece, mas não o que mais se destaca. A poupança com a iluminação pública é de realçar e é uma nota muito positiva, mas continuam-se a verificar muitas zonas em que a iluminação é parca, ou que por uma ou outra situação se encontram há vários meses sem a manutenção devida…
Como responsável da Proteção Civil teve este ano mais trabalho devido aos incêndios que assolaram o nosso concelho e pelo que sei esteve sempre presente e disponível para resolução das mais diversas soluções. 
Continuo a achar que as suas reais e reconhecidas capacidades talvez fossem mais úteis se direcionadas para as áreas em que já deu excelentes provas. 
Nota: 12 valores.
João Paulo Torres: Depois de 2 anos com a pasta das obras iniciou 2016 a ser despromovido. Surpresa para nós aqui no Largo, que vínhamos entendendo o trabalho do Vice-Presidente como alguém que ia cumprindo pese embora ser conhecido que aquela não seria a sua praia. Ficou após a redistribuição com pastas cuja projecção não passará exclusivamente por si, tendo a difícil tarefa de traçar um rumo para o desenvolvimento económico - coisa que parece por ora passar pelos planos de marketing territorial. Pastas como “florestas”, com um verão a fechar em calamidade, não lhe permitirão grande dinâmica quando neste campo a falta de estratégia é nacional e dificilmente um município consegue impôr um rumo que vá além da vigilância e apoio às corporações de bombeiros.
Mais projecção tivesse a aposta na economia e melhor ficaria na fotografia.
Continua no seu rumo sereno, não lhe sendo directamente assacadas polémicas nas áreas que tutela, facto é que também digno de nota.
Nota: 13 valores.
Manuel Pereira: Às vezes não ter notícias são boas notícias e no caso de Maranhão Peixoto isso é uma boa regra. Muitas vezes foi apontado na praça pública como um erro de convocatória neste elenco governativo, é um dos mais disponíveis e entusiastas elementos do mesmo, não existindo grandes dúvidas do seu compromisso com a Câmara Municipal. A poupança que se conseguiu com a iluminação pública não dilui a noite de incêndios em Esposende e sendo este um dos seus pelouros a revisão da sua nota teria de ser em baixa.
Nota: 12 valores.


Rui Pereira (2016  17 valores; 2015 – 17 valores; 2014 – 17 valores)
(vereador do Turismo, Desporto, Juventude, Transportes, Gestão e Manutenção de Infraestruturas)

Francisco Melo: O 3º ano de mandato foi muito positivo para as áreas de intervenção de Rui Pereira. No desporto colectivo registo para várias subidas de divisão no futebol e no andebol (Juventude do Mar na 1ª divisão do andebol sénior feminino), no hóquei o Fão quase a conseguir a subida à 2ª divisão, e a participação, pela primeira vez na sua história, de dois atletas olímpicos (João Ribeiro e Teresa Portela) nos mesmos Jogos.
No Turismo, mais um «Esposende é Verão» de sucesso. Para além do cartaz diversificado, foi um Verão atipicamente muito quente, beneficiando Esposende e o seu comércio de milhares de turistas ao longo desse período.
É um vereador muito próximo das colectividades, com a particularidade de fazer gosto em participar nalgumas iniciativas organizadas pelo Município (caso das corridas na marginal), o que torna genuína, autêntica e muito prática essa sua forma de executar o mandato que lhe foi confiado.
Nota: 17 valores.
João Felgueiras: O mais destacado membro do Executivo, sem sombra de dúvida.
Com um pelouro que permite “brilhar”, não são todas as pessoas que o ocupariam com a mesma abnegação que reconheço a Rui Pereira. Tenta inovar dentro do que é possível. Não vejo como neste momento alguns eventos conseguirão maior evolução ou inovação, caso isso aconteça poderemos estar a entrar na fase de eventos megalómanos para a realidade concelhia. Não me parece que isso aconteça.
O dinamismo, empenho e diligência de Rui Pereira, tem vindo a dar frutos. Esposende está hoje melhor em termos de atração turística, tem mais pontos de interesse e está a aproveitar a boa fase do turismo Português. Os resultados são visíveis.
Dois desafios: a procura de investimento hoteleiro para alguns edifícios que já serviram esse propósito e que remodelados poderiam ajudar, ainda mais, a alavancar o turismo e economia envolvente; a calendarização de alguns eventos para alturas do ano com menos atividade.
Nota: 18 valores.
João Paulo Torres: Fiel ao que vinha realizando, difícil se tornará fazer melhor. Todos nós desejaríamos que Esposende tivesse uma agenda de Outubro a Maio, como a que tem de Maio a Outubro, contudo não podemos ignorar que o clima tem um forte impacto na calendarização. Não sendo Esposende dotado de um multiusos que permitisse uma distribuição anual dos eventos, há uma oferta enorme no período de verão, e uma acalmia durante o inverno.
O turismo tem ainda naturalmente muito percurso para percorrer, mas a adesão dos privados, através do surgimento de ofertas na área - quer nos desportos nauticos, quer no alojamento - vão consolidando o caminho que vem sendo feito.
Nota: 17 valores.
Manuel Pereira: Um ano passou e os pelouros de Rui Pereira continuam a mostrar uma grande vitalidade. O turismo continua o seu crescimento e consolidação e o desporto renasce no nosso concelho. Mas nem tudo serão flores. Para manter esta avaliação no próximo ano é necessário que Rui Pereira apresente projetos ao nível das infra-estruturas, quer no turismo, quer no desporto, já que em termos de eventos teríamos de entrar em eventos quase estratosféricos para superar o que foi feito até agora. Infra-estruturas desportivas não se resumem aos estádios e aos sintéticos e um concelho que quer apostar no turismo não pode continuar a ter 2 hóteis devolutos e não lhes dar uma solução. Esse seria um dos legados de Rui Pereira.
Nota: 17 valores.

Jaquelina Areias (2016 – 11,5 valores; 2015 – 11,5 valores; 2014 – 11,5 valores)
(vereadora da Educação e Cultura)

Francisco Melo: A cultura é o parente pobre de qualquer governo e de muitas câmaras também. Para a área poder sobressair pede-se rasgo. Fazer, como canta o Pedro Abrunhosa, o que ainda não foi feito.
Jaquelina Areias não é um Paulo Cunha e Silva (falecido vereador da cultura do Porto), mas ao cabo de 7 anos nestas lides, esperava-se, por esta altura, uma outra ambição para a área da Cultura.
A Galaicofolia, por exemplo, tem um potencial incrível (localização e ligação histórica efectiva com o concelho), por contraponto com a Feira Medieval (uma importação que está longe de entusiasmar) e, ao cabo de algumas edições, já poderia arriscar um outro nível, como por exemplo Santa Maria da Feira arriscou com a sua Feira Medieval.
A polémica com o Coro dos Pequenos Cantores prolongou-se ainda durante algum período deste ano. Nota positiva para o anunciado prémio literário Manuel de Boaventura.
Nota: 12 valores.
João Felgueiras: Pouco se deu pela sua atividade, o que por vezes, no caso da educação podem ser boas notícias. Depois de anos anteriores atribulados com os casos da Escola de Música e da Zende-Ensino, parece neste momento viver tempos de maior serenidade.
Continuo a achar que a criação de espaços de debate e monitorização de ideias a implementar, uma divulgação da agenda cultural mais efetiva ao longo de todo o ano, o enraizamento de uma cultura de associativismo e educação da cidadania são pontos nos quais deveria apostar fortemente.
Nota: 11 valores.
João Paulo Torres: A opinião que formamos é por vezes tremendamente tendenciosa. Enquanto partes envolvidas em determinados projectos sentimos algumas das dores dos mesmos como se fossem nossas, festejamos os sucessos como se nossos fossem igualmente. Simultaneamente, essa envolvência permite-nos um conhecimento de causa maior no que respeita aos apoios dispensados.
A aposta no teatro é um desses campos que me é particularmente próximo.
O caminho que vem sendo feito pelas freguesias - mais grupos envolvidos este ano - bem como a qualidade do trabalho levado à cena, fazem-me este ano alongar-me um pouco mais quanto à vereadora da Cultura e Educação.
As noites de teatro na praça do Município foram também um enorme sucesso que quase igualou as plateias da actuação do Coro dos Pequenos Cantores - finalmente em paz.
Também a Galaicofolia este ano teve - pelo menos um aparente - crescimento, sendo este em minha opinião um evento que deveria absorver a feira medieval. A galaicofolia tem muito mais potencial para crescer, criando algo da nossa identidade, do que a feira medieval - uma cópia “low-cost” das inúmeras feiras medievais que se fazem à nossa volta.
As bibliotecas de praia são desde há muito tempo também uma aposta ganha.
No que à educação respeita, apenas uma nota, para que à intervenção da loja social no âmbito da troca de manuais não se sobreponham desnecessariamente actuações da pasta da educação.
Nota: 13 valores.
Manuel Pereira: Uma vereadora a quem se pode aplicar a máxima “nenhumas notícias são boas notícias”. Saiu relativamente bem do caso “autocarro” mas garantiu até hoje um começo calmo e atempado em todos os anos do seu mandato e dando a cara em algumas obras de renovação nas escolas públicas do concelho. Falta apostar, em termos publicitários, na cultura e nos ciclos das mais diversas vertentes culturais existindo já um bom ciclo de teatro e de música mas que acusam a pouca publicidade.
Nota: 10 valores.

Raquel Vale (2016 – 13 valores; 2015 – 13 valores; 2014 – 11,5 valores)
(vereadora da Coesão Social, Ambiente, Saúde Pública, Qualidade e Modernização Administrativa, Administração e Recursos Humanos.)

Francisco Melo: De Raquel Vale não podemos escrever que não demos conta neste terceiro ano de mandato. A Loja Social é exemplo óbvio do seu magistério de influência. Na Modernização Administrativa houve essa novidade do Espaço do Cidadão.
Não salta à vista com iniciativas inéditas, mas também não compromete os pelouros que lhe foram confiados (embora, no caso dos Recursos Humanos, e dada a vertente social envolvida, aproveito para perguntar: o que faz manter Cristina Leites ainda a atender telefonemas, com capacidades para muito mais do que isso?).
Nota: 13 valores.
João Felgueiras: O ano passado corrigi a mão quanto à nota dada à vereação de Raquel Vale e este ano a sua nota merece ser mantida.
A crise económica não foi ainda, se algum dia será, sanada do nosso Pais e existindo situações bastante complicadas o concelho de Esposende tem sabido atuar para colmatar algumas dificuldades dos seus Munícipes. A Loja Social continua a funcionar de forma exemplar. Numa toada de “fazer bem sem olhar a quem” e sem fazer disso “bandeira”, o que demostra um grande humanismo, a sua atuação parece estar a decorrer como esperado.
A Qualidade e Modernização Administrativa continuam a obter distinções e essa é uma nota positiva e de registo para o Município e para a Vereadora em particular.
Nota: 16 valores.
João Paulo Torres: Depois de dois anos sem grande margem para “brilho”, o terceiro ano, trouxe alguma margem para mostrar valor acrescido. A dinâmica criada em torno do envelhecimento activo é um marco digno de registo. A par disso, a loja social é cada vez mais uma referência na área.
Por fim, uma nota para uma das tarefas mais ingratas: a pasta dos recursos humanos, ou aquilo que poderíamos chamar de “Pátio dos Suspiros”. Entre os que suspiram de alívio e os que suspiram de saudade, gerir os recursos humanos não será garantidamente tarefa fácil. A verdade: vai dando conta do recado.
Nota positiva também para o funcionamento do “Espaço Cidadão” ainda que o lançamento do mesmo tenha sido ofuscado pela “novela das plaquinhas”!
Nota: 14 valores.
Manuel Pereira: Mais um ano na sombra de Raquel Vale. Sei que a Loja Social a tira da sombra frequentemente mas a vereadora que detêm o pelouro da indústria e do emprego precisava de ter uma folha de serviço mais recheada neste campo e não apenas na coesão social. Sei que a falta de reais projetos e medidas de fomento do emprego e da indústria no concelho por parte de Benjamim Pereira também a leva arrasto mas isso é um problema a ser resolvido pela equipa dirigente.
Nota: 10 valores.
João Nunes (2016 – 13,5 valores; 2015 – 12 valores; 2014 – 15 valores)
(Vereador PS)

Francisco Melo: Não é fácil a missão de João Nunes de fazer oposição. Por um lado, porque sabe, nem quer, ser candidato às próximas eleições. Por outro lado, porque a sintonia com a concelhia política do PS Esposende já conheceu melhores dias. Por isso, não causa estranheza que o registo de oposição seja tranquilo, por vezes parecendo apagado.
De qualquer modo, o último ano fica marcado por algumas iniciativas do vereador socialista (muito bem apanhada, por exemplo, a questão do cartão municipal do bombeiro), com bom sentido de oportunidade e pertinência.
Nota: 13 valores. 
João Felgueiras: Continua a ser o único vereador da oposição que faz oposição! Tem sofrido vários ataques durante a sua atuação, tendo sido acusado de “populismo” por propostas feitas em reuniões de câmara. Sempre coerente na forma de estar, coerente e firme na forma de pensar, sempre conseguiu desconstruir as acusações que lhe foram perpetradas e tem feito uma oposição com propostas que devem ser tomadas em conta pela maioria do executivo.
Mostra-se bem preparado e seguro nos temas a serem discutidos em reunião de Câmara e tem colocado os interesses dos Esposendenses acima dos interesses partidários, levando muitas vezes a que os ataques de que é alvo, em vários comunicados, não tenham resposta a partir do PS Esposende. Tem sido cooperante quanto o tem de ser; e divergente quando deve.
Nota: 16 valores.
João Paulo Torres: Aproveitando as trocas de mimos entre actual e ex-autarca, o vereador do PS soube capitalizar o facto. É certo que o percurso até aqui trilhado não deixará grandes perspectivas eleitorais, mas pelo menos no último ano o vereador socialista fez o que lhe competia: apresentou propostas. Discuta-se o mérito, a motivação ou a exequibilidade das mesmas, mas não poderá discutir-se a ausência.
Nota: 12 valores.
Manuel Pereira: Como se diz na gíria futebolística, o PS-Esposende é “ele e mais 10”. Muitas vezes parece distante da sua concelhia e a interligação entre vereador e concelhia parece tortuosa e quase inexistente. É o único verdadeiro vereador da oposição que mostra serviço e ideias alternativas ao executivo mas continuo a defender que o PS-Esposende deve encontrar uma nova cara para a sua campanha.
Nota: 13 valores.

Berta Viana (2016 – 9,5 valores; 2015 – 10,5 valores; 2014 – 11 valores)
(Vereadora CDS)

Francisco Melo: Um terceiro ano muito apagado, sem conseguir sequer ameaçar a posição de João Nunes como o verdadeiro líder da oposição esposendense. A imagem do presidente do CDS Esposende em algumas iniciativas junto do eleitorado, lado a lado com o antigo vereador centrista Areia de Carvalho, diz mais do que 1000 palavras que se poderiam escrever sobre a importância e impacto da actuação de Berta Viana no executivo municipal para o CDS Esposende.
Nota: 9 valores.
João Felgueiras: Completamente isolada e sem apoio do seu partido, tem feito uma “corrida por fora”. Tenta fazer ouvir a sua “voz” e as suas propostas, mas do que passa para a opinião pública a sua atuação é quase nula.
É pena que assim seja, porque tem mais capacidades do que a área de atuação politica atual lhe permite.
Nota: 11 valores.
João Paulo Torres: Seguramente o elemento mais apagado de todo o painel. A precisar de reforços ou de substituição. Sem partido que apoie e motive, com oposição interna a fazer lembrar os sketchs do Zé Pedro Gomes e António Feio no seu célebre “deslarga-me”, numa incessante ponderação (aguardamos a candidatura de João Pedro Lopes, que o JNE anunciou ter ponderado ser candidato), a verdade é que a vereadora do CDS-PP está entregue a si própria e nessa linha vai aproveitando o estado de graça do executivo.
Pontualmente vai trazendo assuntos à agenda mas sem programa de intervenção.
Nota: 9 valores.
Manuel Pereira: A minha primeira negativa de sempre. Discutir Berta Viana é discutir acima de tudo o que é o CDS-Esposende. Depois de Marcelo Silva o CDS-Esposende parece que entrou numa letargia que é difícil de explicar e essa letargia alarga-se a Berta Viana que parece quase não existir na cena política Esposendense sendo sempre muito próxima do elenco camarário, não tendo de ser sempre contra, poderia demonstrar uma voz alternativa. Esta negativa surge como reprovação da atuação do vereador da 2ª força política de Esposende que parece não querer sair disso. O CDS-Esposende continua a sobreviver pelo voto das suas antigas fileiras que lhe garantiram vitórias autárquicas no pós-25 de Abril mas temo que se aproxima um rápido declinio e parece que nada acontece no seu seio. Algo vai mal no reino centrista.
Nota: 9 valores.