sábado, 31 de outubro de 2015

Anuário Financeiro

A “Esposende em revista” foi uma boa ideia.

Sou da opinião que os organismos municipais se devem munir dos meios de divulgação para que as suas obras sejam visíveis e conhecidas e que não podemos remeter tudo para o Facebook, já que sou daqueles que ainda acha que as redes sociais não têm a dignidade e a respeitabilidade para se guardar a informação para que as gerações futuras a consultem.
Posto isto e aproveitando a máquina já existente, penso que o executivo camarário e todas as empresas municipais que surgiram da separação de serviços (Esposende Ambiente,Esposende 2000, etc) deveriam fazer a publicação do seu anuário financeiro para o exercício do ano que decorreu.
Sei bem que muitos me irão dizer que o relatório e contas existe e está disponível  mas seria uma prova de independência e de clareza perante todos que estas contas fossem de conhecimento generalizado.
Sejamos sinceros, o relatório e contas do executivo têm cerca de 240 páginas e uma considerável parte delas falam da alocação de tempo dos funcionários camarários e do balanço social da Câmara e outras informações que não importam de forma e poucos são aqueles que olham com atenção para os seus números.
Seria proveitoso que quem recebe os nossos impostos elaborassem um anuário em que fossem demonstradas de uma forma clara e inequívoca as fontes de rendimento e as fontes de despesa, com especial ênfase para as despesas contratualizadas, ou seja, para as despesas que eles pagarão durante períodos de 2 ou mais anos à mesma entidade.

Não esperava que lá fossem descritos todos os contratos porque isso tornaria o relatório intragável, mas uma informação sucinta que responda às perguntas “quanto?”, “a quem?” e “porquê?”.
Esperava sim que as rubricas “outros” fosse paulatinamente eliminada, já que olhando para as contas vemos alguns valores consideráveis alocados a esta categoria e ,sejamos novamente sinceros, os “outros” funciona sempre como um escape quando existem dificuldades na categorização de algo. Não é um problema exclusivo deste camarário, mas da esmagadora maioria das empresas privadas e organismos públicos.
Engana-se quem acha que esta minha ideia têm como propósito descobrir alguma megalómana despesa nas contas que estava a ser escondida. Sei bem que nos tempos que correm muitos são aqueles que vasculham todos as letras dos documentos oficiais para descobrirem alguma coisa para fazer barulho no mundo virtual. Sim, estou a falar do “Espoleaks”.
Esta ideia têm como objetivo criar uma nova bitola em Esposende, onde as contas e as despesas sejam claras e cheguem a toda a gente e caso Benjamim seja sucedido pelo próprio Benjamim, por João Cepa, João Lopes ou pelo Pato Donaltim o novo executivo seja obrigado a ter o mesmo procedimento e a mesma clareza e transparência na hora de apresentar contas.

Esposende Rádio: uma crise sem fim à vista

A Esposende Rádio é património imaterial do concelho de Esposende.
Durante largos anos, em que não havia internet e a televisão resumia-se a 2 canais públicos apenas (a que mais tarde juntaram-se 2 canais privados), a Esposende Rádio foi o referencial de informação e animação do concelho.
De modo especial, recordo-me de muitas tardes desportivas do domingo, em que acompanhava o relato dos jogos da Associação Desportiva de Esposende, com passagem pelo meio por outros campos onde jogavam o Marinhas, Fão, Apúlia ou Forjães.
Outra grata recordação é a que se prende com a noite eleitoral das autárquicas, em que ficávamos a saber pela Esposende Rádio, em primeira mão, os resultados globais e de cada uma das freguesias.
Muitos outros ouvintes guardarão especial saudade do popular programa “Discos Pedidos”, um clássico entre muitas rádios locais.
Com o advento da internet, dos canais por cabo ou por internet, muitos órgãos de comunicação social, desde a imprensa escrita passando pela rádio local, não conseguiram acompanhar a evolução dos tempos, acabando por ser ultrapassados na curva.
Recordo-me de um dia um gerente de uma grande empresa nacional ligada ao sector automóvel ter contado que nos anos 80 do século passado comprou um livro sobre as 100 maiores empresas de Portugal. Volvidos mais de 20 anos, quando voltou, por curiosidade, a pegar nesse livro reparou que grande parte dessas empresas já não existia.
Nos últimos anos, a Esposende Rádio sobreviveu sobretudo graças à carolice e disponibilidade de um punhado de valorosos esposendenses que, dando acção à sua paixão pela telefonia, asseguraram uma programação que, longe de ser a mais completa possível, tentou, pelo menos, fazer cumprir a missão pública que presidiu à fundação da Esposende Rádio.
Nos últimos meses, a Esposende Rádio tornou-se, pelas piores razões, uma carregada sombra de um passado outrora fulgurante.
Sem locutores, com uma programação inexistente, e com os constantes rumores sobre as graves dificuldades financeiras da empresa que detém a sua licença, coloca-se um enorme ponto de interrogação sobre o futuro da Esposende Rádio, um dos mais antigos órgãos de comunicação social do concelho e que no ano passado foi distinguida pelo Município pelos seus 25 anos de actividade.
Esta semana, João Cepa, director do Esposende Acontece, voltou a desmarcar-se de notícias que apontavam-no como potencial interessado na gestão da rádio. No entanto, não deixou de manifestar apreensão pelo estado da rádio local, sugerindo até uma intervenção por parte do Município, designadamente na realização de publicidade através da rádio.
Pessoalmente, entendo que, por princípio, não é bom que um órgão de comunicação local fique bastante dependente dos dinheiros que vêm do Município. O pluralismo e opinião livre ficam condicionados. Por outro lado, o Município não pode acudir a uma empresa privada que não se modernizou, nem soube procurar fontes de receita alternativas.
Em todo o caso, parece-me pertinente que se debata o estado actual da comunicação social local e, no caso concreto da Esposende Rádio, se tentem descortinar alternativas para que o serviço público em Esposende continue também a ser feito a partir da telefonia. A esse título, encontra-se em curso uma petição pública que apela a uma nova direcção da rádio.
É um dever de todos os esposendenses não deixar apagar um bem inestimável e que nos acompanha por toda a vida: a rádio local.  O serviço público prestado a milhares de esposendenses, com destaque para aqueles que residem fora do país, impõe que a rádio continue a ser uma realidade no concelho.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Os candidatos!!

Não fossem as "3 castanhas" que o SCP enfiou ao SLB no passado fim de semana e por estes dias teríamos a cabeça moída de ouvir as ameaças do Costa e a novela habitual dos "ministeriáveis"!

Não nos valeu Deus, mas safou-nos o Jesus! Arranjou um tema de devaneio para a malta e assim passamos todos a semana (ainda que com uma certa azia... das "castanhas") de uma forma mais animada.

O Costa perdeu o pio. Agora quem fala é a Catarina d'Aljubarrota, pois é ela que "veste as calças" daquela "união entre pessoas de sexo diferente" chamada coligação de esquerda.
(Será que vão querer legislar também sobre as uniões múltiplas de pessoas de qualquer sexo? Era de nível: o chamado "refustedo" passar a chamar-se também casamento! Só para dar uma ideia de país muito "à frente").

Posto isto, num panorama nacional melancólico aparece Esposende!

Por cá, o Esposende24 noticiou hoje que

João Cepa dá “nega” à rádio e assume não ser candidato autárquico neste momento"

Nada que nos surpreenda.
Quem foi autarca durante uma dúzia de anos não precisará certamente de correr maratonas com bandeira de "candidatável". Aliás, este dizer que "para já" é necessariamente um "NIM". Não diz que é e assim vai dizendo que também não diz que não é. (O trocadilho é propositado!)

A dúvida põe-se: E Benjamim Pereira será candidato?

Por sua vez o Jornal Notícias de Esposende, apresenta no seu facebook uma notícia semelhante à "concorrência"

Ora, se quanto ao primeiro "não candidato para já" os timmings pouco relevarão, já quanto ao segundo... a caravana tem que sair para a rua depressa, apesar da chuva. De preferência mexendo tantas perninhas quantas as do polvo!

A título de exemplo... os 1350 friends do João Pedro Lopes no "facebook" reduzem-se a 22 na página "João Pedro Lopes - Figura Pública"! (Vale o que vale... mas chamemos-lhe "sondagem"!)

São conhecidas as tomadas de posição de João Pedro Lopes sobre assuntos concelhios, mas daí a correr uma maratona destas sob o rótulo de "independente"... creio que é uma candidatura ao jeito da minha participação em provas de "trail running" - é arrancar a passo e terminar coxo! 

Claro que podemos ver isto com desportivismo e até acreditar que uma coligação de minorias pode chegar ao poder! (Será esse o rasgo de JPL? Ser a Catarina Martins de um dos lados de um PSD dividido?)

Pior se torna o arranque quando a notícia nos diz que o jantar foi realizado para o efeito! 

(Ler em tom Ricardo Araújo Pereira a imitar o Professor Marcelo)
Vá, então a gente marca um jantar para ponderar ser candidato? Isso pondera-se no travesseiro e depois diz-se na rua para ouvir comentários!

Voltando ao tom normal.
Há ainda quem por aí fale de uma candidatura de esquerda com peso (político, entenda-se), o que só viria baralhar ainda mais as contas e abrir a porta à PáF em Esposende!

É que feitas as contas:
- Se o João Pedro Lopes, independente, fintar uns 10 ou 20 votos ao CDS - o CDS quase se extinguirá;
- Se o João Cepa, independente, fintar umas centenas de votos ao PSD... pode a maioria laranja desaparecer;
- Se o PS apresentar um candidato que agregue votos que existiram em Marinhas no tempo do Losa Esteves, com votos de Apúlia, Fão e Esposende dos tempos do Sr. Felgueiras... 

Isto pode vir a dar um cenário bonito! 

Uma coisa vos asseguro: Eu não sou candidato! (Pelo menos até à hora do jantar (só para manter o "suspenso")).

sábado, 24 de outubro de 2015

Pequenas luzes!

Não só para criticar serve este espaço, mas também para enaltecer o que de bom se faz no concelho.

Falo da aparente insignificante obra da renovação da iluminação publica em Esposende.

De um momento para o outro fez-se luz, no verdadeiro sentido da frase, em algumas zonas que estavam na escuridão, e agora até dá mais vontade de passear à noite e a cidade parece que ganha uma outra amplitude.

Sou sincero ao dizer que nunca tinha visto a iluminação pública como algo a rever e por isso fiquei agradavelmente surpreendido.

Agora faz falta avançar para a reconstrução do piso para acabar com as lombas no empedrado.  

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

PS Esposende modo Arnaldo Matos

Algumas pérolas retiradas do último comunicado do PS Esposende, o qual visa, de forma muito especial, Benjamim Pereira:

«Sacudir o facto de não deter a maioria do capital é o chico espertismo próprio dos saloios, esquecendo-se que 49% são do Município.

«Mais grave ainda se transforma esta visão tosca e tacanha, própria de um provinciano, de que não é do interesses da Câmara (…)»

«argumentando de forma campesina com a tirada de que (…)»

«Triste visão e tão grande tacanhez!»

«Benjamim Pereira deu uma resposta lapidar, e demonstra a forma tosca, absolutista e a sua falta de cultura democrática, como ele vê a democracia e o seu conceito sobre a gestão da coisa pública (..)»

«Benjamim Pereira tem uma falta de pudor que arrepia.»

«Só posso dizer que isto é uma vergonha!», termina assim o referido comunicado.

Permitam-me a franqueza: depois de tão eloquentes loas dirigidas a Benjamim Pereira, este comunicado do PS Esposende só poderia ter terminado de forma igualmente épica:

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Exame à Câmara

No passado dia 7, assinalaram-se dois anos de mandato do atual executivo camarário. Boa ocasião, portanto, para fazermos nova avaliação à prestação do presidente da Câmara e de cada um dos vereadores eleitos. 

Benjamim Pereira (2015  12,5 valores; 2014  13 valores)
(Presidente, com os pelouros do Desenvolvimento Económico, Administração e Finanças, Juntas de Freguesia, Ordenamento do Território, Obras Municipais e Ambiente)

Francisco Melo: Depois de um primeiro ano de mandato marcado pelo grande enfoque na área das infraestruturas, não se pode dizer que os 365 dias seguintes de Benjamim Pereira à frente da autarquia esposendense tenham sido muito diferentes.
Em março tínhamos aqui dado conta do exemplo de Penafiel, cujo presidente da Câmara de Penafiel, que tal como Benjamim Pereira integrara o executivo anterior, lançara um plano de atração de empresas e criação de emprego no seu concelho. 
Perguntávamo-nos por que é que Benjamim Pereira não seguia idêntica abordagem se, afinal de contas, o seu mote de campanha fora “Ganhar o Futuro”.
Dois anos volvidos, começa a solidificar-se a impressão de que o desenvolvimento económico é o parente pobre dos pelouros a cargo do presidente esposendense. Faz lembrar aqueles treinadores resultadistas, que estando a ganhar 1-0, preferem segurar o resultado a tentar algo mais.
Nota: 13 valores.

João Felgueiras: Dois anos já decorridos sobre a governação do Município de Esposende e Benjamim Pereira parece ainda não ter “ganho o futuro”. Benjamim Pereira tem conduzido um Executivo que no que concerne a Obras Públicas mais não passa de uma espécie de fiscal, pois, o investimento autárquico nas grandes obras (algumas delas estruturantes e com as quais concordo) tem vindo a ser feito através dos Planos da Polis Litoral Norte, ou da agora designada Águas do Norte. Alguns dirão que ainda bem que a Câmara aproveita estes fundos. Certamente que faz bem!...
Um outro aspeto em que não se ganhou o futuro, e parece ter ficado no passado, é a alavancagem económica, a modernização do tecido empresarial do concelho e por sua vez a criação de postos de trabalho efetivos. Neste ponto estamos quase conversados, porque pouco ou nada se tem visto… Aquilo que apelidei de “empreendedorismo camarário” está esquecido, metido numa gaveta de um qualquer gabinete… Fala-se em projetos, mas estes tardam em ver a luz do dia!!!
Dois desses projetos, fulcrais para o desenvolvimento do Concelho, foram apresentados com pompa e circunstância, merecendo aplauso generalizado; mas até agora não passaram do plano das intenções. Refiro-me aos casos do Forte de São João Batista e o da Estação Rádio Naval de Apúlia. Espero sinceramente, que tudo tome forma, se possível ainda neste seu mandato.
Mas, verdade seja dita, passados vários anos, mais de uma década, o Plano Diretor Municipal veio a público… Custou mas foi! Teve impasses; teve momentos de surrealismo político, mas no final, um dos documentos estratégicos do Município foi aprovado e encontra-se em vigor. Uma nota positiva para Benjamim Pereira e o seu executivo… Concordemos ou não com alguns aspetos, finalmente o concelho tem um PDM revisto e em vigor.
Muitas outras atividades foram feitas neste último ano, mas nada que se destacasse daquilo que vinha sendo feito nos anos transatos, de outros executivos. Benjamim parece, ainda, não ter soltado as amarras; parece ainda não ter percebido que, com a tão apregoada saúde financeira Camararia, pode fazer mais e melhor…Ele pode olhar, claramente, para as empresas e famílias e promover a sua fixação no Concelho, com tudo o que este já pode oferecer e o que ainda poderá vir a dar.
Nota: 13 valores.

João Paulo Torres: O sucessor de João Cepa na Câmara Municipal arrisca ser igualmente um sucessor de João Cepa na imprensa local. Ainda não tem um site noticioso é certo, mas para lá caminha. Por agora basta-se em marcar presença em 60% das páginas da revista municipal. Prossegue o trabalho de divulgação da sua própria existência entre pares e parece-me que por aí tem feito um bom trabalho.
Por cá, e para não correr o risco de ser injusto, acho que foi fazendo qualquer coisa: as ruas estão geralmente limpas, apoiou as instituições, colocou Esposende nas rádios nacionais...
Esperemos porém que as tão anunciadas “poupanças de milhões” não estejam depositadas num destes bancos “manhosos” da nação... sob pena de um destes dias não termos obras nem dinheiro. 
Tem ainda o grande trabalho pela frente para "arrumar a casa" e o estado de graça dá sinais de caminhar para o inverno.
Nota: 12 valores.

Manuel Pereira: Continua na sua toada pacífica e quase inexistente na gestão da Câmara Municipal. Aparece muito em ocasiões sociais mas têm pecado por não mostrar novos rumos para o concelho ao nível do emprego, acessibilidades e de infraestruturas. Sabendo que o dinheiro não abunda nestes tempos a sua ação vai ser sempre reduzida nestes campos mas precisa de aparecer com algumas novidades para animar e galvanizar as forças do concelho.
Ao nível político, Benjamim Pereira não parece ter estado interessado em fazer a purga necessária de alguns dos seus vereadores, e na direção do PSD Esposende, da anterior gestão e ainda fiéis a João Cepa para estar mais seguro para as eleições autárquicas que se seguem onde muito provavelmente vai contar com a candidatura independente de João Cepa e uma lista de independentes e antigos elementos do PSD.
Nota: 12 valores.


Maranhão Peixoto (2015 – 13,5 valores; 2014 – 14,5 valores)
(Vice-Presidente, com os pelouros da Gestão Urbanística, Iluminação Pública, Mobilidade, Protecção Civil e Segurança e Florestas)

Francisco Melo: Um segundo ano de mandato tranquilo.
Nota: 16 valores.

João Felgueiras: O Vice-Presidente parece ter tido mais trabalho no início do mandato do que propriamente agora, A Gestão Urbanística merece uma atenção especial; os centros urbanos cada vez mais têm casas devolutas e situações pouco compreensíveis no sentido arquitetónico, estético e enquadramento de edifícios envolventes… Esposende não é exceção. É necessário um plano que olhe para os edifícios devolutos e que os potenciais compradores possam ter benefícios na sua compra e requalificação, melhorando assim o aspeto das freguesias onde esses imóveis se encontram. A zona sudeste da cidade, continua sem solução.
Quanto a iluminação pública, muitas das competências estão atribuídas às Juntas das Freguesias, no entanto, continuam-se a verificar muitas zonas em que a iluminação é parca, ou que por uma ou outra situação se encontram há vários meses sem a manutenção devida…
Uma nota positiva para a dotação de mobilidade em espaços públicos para pessoas de mobilidade reduzida.
Parece-me um pouco desenquadrado, pois, as suas reais e reconhecidas capacidades talvez fossem mais úteis se direcionadas para a área em que já deu excelentes provas. 
Nota: 12 valores.

João Paulo Torres: Ao que me é dado saber, na pasta mais importante que titula mantém a agenda aberta para receber a população, facto francamente positivo. Numa época em que a construção está estagnada não se perspectiva contudo muita margem para mostrar aptidões ou ausência delas.
Não embarca em “feiras de vaidades” e mantém-se fiel a registo de sempre. 
Creio contudo que estaria melhor no pelouro da Educação e Cultura.
Nota: 14 valores.

Manuel Pereira: A posição de vice-presidente é sempre ingrata porque fica sempre alocado à performance do seu presidente.
Em termos de mobilidade foi notado a instalação de rampas e passadeiras nas ruas de Esposende, e não havendo catástrofes naturais a sua ação na Proteção Civil e Segurança fica sempre na sombra.
Deixo como sugestão o inicio de diligências para um melhor aproveitamente e planeamento das nossas matas para evitarmos o reaparecimento dos incêndios de verão.
Nota: 13 valores.


Rui Pereira (2015 – 17 valores; 2014 – 17 valores)
(vereador do Desporto, Juventude, Turismo e Transportes)

Francisco Melo: Rui Pereira protagonizou as ações de maior visibilidade autárquica no 2º ano de mandato, promovendo uma programação de Verão equilibrada e diversificada que se traduziu numa afluência ao concelho e movimentação sem paralelos nos últimos anos, fazendo de Esposende um destino turístico privilegiado.
Vereador atento, utiliza com frequência as redes sociais para esclarecer iniciativas ou medidas autárquicas, assim como para dar seguimento a reparos que munícipes vão fazendo.
Como aspeto a melhorar encontra-se a dinamização da oferta cultural/turística antes e pós-Verão (tarefa a ser dividida com Jaquelina Areias).
Nota: 18 valores.

João Felgueiras: Continua a ser, sem sombra de dúvida o mais destacado vereador do Executivo, e relembrando o que escrevi faz agora um ano, é-o pelo seu dinamismo e diligência, qualidades potenciadas pela visibilidade que o pelouro lhe dá. Continua a ter uma das grandes fatias do orçamento, mas também a investir em iniciativas (algumas delas inovadoras no âmbito concelhio) que dão projeção ao Concelho no âmbito Regional e Nacional. Os resultados têm sido visíveis…
Apenas um reparo: deverá tentar alargar ou recalendarizar algumas iniciativas para alturas do ano em que o Concelho não tem tanta atividade e por consequência têm menos gente…
Nota: 17 valores.

João Paulo Torres: Manteve o ritmo do ano anterior. Continua a ser o rosto mais visível da dinâmica local, centrada no turismo e no desporto. Creio mesmo que este ano ainda superou o primeiro ano de mandato. Enfrenta contudo uma dificuldade sem solução milagrosa à vista: a sazonalidade! Esposende é dinâmica no verão mas esmorece no inverno. As condicionantes climáticas do Inverno não permitem com segurança de realização muita dinâmica. 
Com inegável perda para o concelho, teria sido garantidamente um bom quadro a lançar por Esposende nas recentes legislativas para um lugar de deputado.
Nota: 17 valores.

Manuel Pereira: Continua como o elemento mais fulgorante desta Câmara.
Atingiu um novo patamar no turismo com a animação do verão de 2015 que foi intensa e muito elogiada por todos, quer munícipes e turistas. Pessoalmente, penso que é chegada a hora de pensar o turismo também numa vertente de infraestruturas, com a recuperação dos hotéis devolutos e uma tornar alguns espaços turísticos(principalmente os museus) mais visíveis.
Ao nível do desporto e da juventude continua em bom plano com diversas atividades vocacionadas para as associações desportivas e para os munícipes.
Peca pela vertente dos transportes, onde seria interessante dinamizar as rotas dos transportes públicos diárias para o Porto e Braga e para o aeroporto do Porto durante o verão.
Nota: 17 valores.



Jaquelina Areias (2015 – 11,5 valores; 2014 – 11,5 valores)
(vereadora da Educação e Cultura)

Francisco Melo: Escrevi no ano passado que faltava a Esposende um bom ciclo literário que trouxesse até nós alguns vultos da língua portuguesa (como faz a Póvoa), ou de cinema (como faz Vila do Conde) que desse a conhecer algumas obras da sétima arte que marcam a história. Não foi ainda no 2º ano de mandato que se lançou a pedrada no charco da quase inexistente oferta cultural local.
O final de 2º ano de mandato fica marcado pela polémica com o Coro dos Pequenos Cantores, que não favorece a vereadora.
Nota: 12 valores.

João Felgueiras: É verdade que a Educação e Cultura tem sido o “parente pobre” da Ação Governativa Central, mas a nossa Câmara tem feito bandeira do muito que diz fazer a nível Educativo.
Algumas ações têm sido levadas a cabo no sentido de dar a conhecer a situação da Educação no Concelho, mas pouca efetividade têm tido essas ações nos agentes educativos. A Educação precisa de ser olhada com um cariz mais profundo por parte dos agentes locais e não só da Câmara, mas desse “olhar” profundo devem sair medidas concretas para um reforço da educação e da maneira de educar…
Uma articulação cada vez maior entre as escolas e os museus, a criação de espaços de debate e seguimento de ideias a implementar, uma dinamização cultural mais efetiva ao longo de todo o ano, o enraizamento de uma cultura de associativismo e educação da cidadania são pontos chave em que se deve apostar fortemente.
Este segundo ano de mandato fica claramente marcado pela “novela” que perdura e que está a pôr em causa o ensino artístico de muitas crianças e jovens da Escola de Música. A falta de resposta a várias situações “nebulosas”; o impasse vivido por crianças e pais; o impasse vivido entre o Conselho Pedagógico e a Gestão da Escola (da qual a Câmara detêm 49%, quando já deteve 51% , “desaparecendo” os 2% do âmbito Camarário sem grandes explicações), tudo isso faz com que vereadora Jaqueline tenha de “afinar as agulhas” e mandar seguir um comboio em que os alunos, pais e professores se sintam satisfeitos e protegidos. Continuo a achar que se deve aguçar o engenho e a arte, na área educativa e cultural concelhias.
Nota: 11 valores.

João Paulo Torres: Sem grande agenda é uma séria candidata a trocar de pelouro com a vereadora do CDS.
Nota: 10 valores.

Manuel Pereira: Ser vereadora da cultura e da educação em Esposende nunca é fácil. Deveria ter aproveitado mais o projecto com a Universidade do Minho para se mostrar no campo da educação e deve apostar na rede de infantários e ATL’s como prioridades para uma melhoria da qualidade de vida. No campo da cultura deve aproveitar o investimento que está a ser feito no turismo e assegurar o cartaz de atividades culturais e recreativas no Outono e Inverno numa altura em que existe uma crónica falta de oferta de tais eventos em Esposende.
Nota: 13 valores.


  Raquel Vale (2015 – 13 valores; 2014 – 11,5 valores)
(vereadora da Coesão Social, Saúde Pública, Mercados e Feiras, Comércio e Indústria, Agricultura e Pescas e Qualidade e Modernização Administrativa)

Francisco Melo: Deu mais nas vistas no 2º ano de mandato, sobretudo na área social. Parece-me que o pelouro do comércio e indústria, nos 2 anos que restam de mandato, ficariam melhor entregues a Rui Pereira.
Nota: 13 valores.

João Felgueiras: Foi talvez a nota menos conseguida que dei o ano passado… Mas há sempre tempo para emendar a mão a alguns erros ou injustiças!
Sabemos bem da situação social que o Pais atravessa; sabemos que existem situações bastante complicadas agravadas pela crise económica (e não só); no entanto o Concelho de Esposende tem sabido atuar para colmatar algumas dificuldades dos seus Munícipes… A Loja Social continua a funcionar de forma exemplar. Bem se sabe que poderão existir situações sociais escondidas, mas do que se conhece a ação tem sido eficaz.
A Qualidade e Modernização Administrativa também tem conseguido distinções e essa é uma nota positiva e de registo para o Município e para a Vereadora em particular.
Nota: 16 valores.

João Paulo Torres: A loja social é uma referência. Lidera contudo pelouros “sem palco” pelo que a tarefa é menos visível. 
Nota: 13 valores.

Manuel Pereira: A vice.presidente sombra continua em demasia na sombra. Sei que nem todos podem aparecer e que é através da Indústria, agricultura e pescas que Raquel Vale se pode mais fazer notar. Num concelho de pesca e agricultura é relativamente acessível tomar algumas medidas e não ter participado no grupo de autarcas que foi expressar as suas ânsias pela proibição da pesca da sardinha não deixa de ser estranho e um tiro no próprio pé. As cotas leiteiras entraram em cena e não se viu nenhuma movimentação no sentido de perceber como isso afeta a agricultura em Esposende, algo também estranho e um tiro no pé.
Nota: 10 valores.
  

João Nunes (2015 – 12 valores; 2014 – 15 valores)
(Vereador PS)

Francisco Melo: Depois de um primeiro ano de mandato marcado por uma oposição construtiva, assente em diversas intervenções, o segundo ano regista um apagamento do vereador socialista. Houve uma polémica inútil a propósito do PDM motivada pelo presidente da concelhia do PS Esposende, de que João Nunes demarcou-se energicamente, mas sem que tenha havido consequência junto da comissão política local.
Fica a impressão de que este 2º ano e os 2 que restam serão mero cumprir calendário por parte do vereador socialista.
Nota: 12 valores.

João Felgueiras: Continua a ser o único vereador da oposição que faz oposição… Coerente na forma de estar, coerente e firme na forma de pensar, continua a ter como ponto de honra a defesa de maior apoio às famílias por parte da Câmara Municipal.
Mostra-se bem preparado e seguro nos temas a serem discutidos em reunião de Câmara e tem colocado os interesses dos Esposendenses acima dos interesses partidários (como já o tem feito em várias reuniões de Câmara e até mesmo na Assembleia Municipal). Tem sido cooperante quanto o tem de ser; e divergente quando deve.
Tem tomado as posições corretas face a algumas atitudes “menos felizes” por parte da Câmara, nomeadamente as relacionadas com a não entrega de documentação importante, relativa ao processo de aprovação do PDM, por exemplo.
Nota: 16 valores.

João Paulo Torres: Depois de um primeiro ano a prometer “revelar-se”... voltou ao registo habitual. 
Nota: 9 valores.

Manuel Pereira: Mais um ano passou e João Nunes continua a sua participação nas Assembleias municipais como uma voz critica e preocupada com o rumo do concelho. Têm uma voz própria e neste ano demarcou-se das declarações do PS Esposende acerca do PDM e de algumas considerações menos próprias mostrando independência. Cumpre a sua função de vereador e penso que este deveria ser o seu último mandato e ceder o lugar de candidato autáquico pelo PS a outra personagem nas próximas autárquicas.
Nota: 12 valores.


 Berta Viana (2015 – 10,5 valores; 2014 – 11 valores)
(Vereadora CDS)

Francisco Melo: O 2º ano de mandato seguiu a tendência do primeiro ano, com o CDS a acompanhar muitas das propostas do executivo camarário, sem ser, portanto, uma oposição de «facto».
Se essa colagem ao PSD terá a devida compensação daqui por 2 anos logo se verá, embora seja uma jogada politicamente muito arriscada,
Nota: 11 valores.

João Felgueiras: Mantém-se numa toada de PàF como representante do CDP-PP de Esposende, se bem que após as eleições internas dos órgãos do CDS-PP concelhio, a Dr.ª Berta Viana tenha ficado “mais isolada” no apoio do seu partido. Quase sempre “complacente” com as decisões tomadas pela maioria, parece-me ficar “encurralada” entre aquilo que na verdade quer e a fidelidade à estratégia do seu Partido a nível nacional. 
Apresentou uma proposta sobre de redução de IMI que a quase todos passou despercebida, porque da sua ideia, logo outros se apoderaram. Precisa de se libertar para mostrar o que vale na realidade.
Nota: 11 valores.

João Paulo Torres: Corre o sério risco de representar a PàF em Esposende e passar a integrar o executivo no futuro.
Nota: 8 valores.

Manuel Pereira: Berta Viana segue como o elemento mais discreto dos vereadores da oposição. Parece algo distanciada de Esposende mas não da distrital do partido que a elegeu. Não se ouvem propostas, críticas, dúvidas acerca de Esposende mas Berta Viana continua a progredir na pirâmide do partido. Tal como disse o ano passado, ser o 2º partido em Esposende está ao virar da esquina para o CDS Esposende, mas parece que só o CDS é que ainda não percebeu isso.
Nota: 10 valores.

sábado, 10 de outubro de 2015

Um copo de leite

O sector do leite está a atravessar uma verdadeira revolução com o fim das cotas leiteiras, mas no nosso concelho parece que tudo está calmo.

Será por minha distracção, incúria ou desconhecimento mas parece que o problema dos produtores de leite do concelho não existe, quer em termos de executivo camarário, quer em termos de Cooperativa Agrícola, ou em termos de associações comerciais presentes no nosso concelho.

Sendo esta uma situação que vai com certeza influenciar a economia interna do nosso concelho em termos industriais não percebo como isso pode não merecer um momento de atenção e de cura por arte das forças vivas do nosso concelho.
Sendo os Lacticínios das Marinhas e em especial a sua manteiga o mais icónico produto produzido em Esposende não percebo como a situação dos produtores de leite ser aproveitado para se reivindicar mais atenção para este sector.

Esperemos...

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Votar, sempre!

A sociedade só tem os políticos que ela merece.

O voto é útil, o voto é uma arma, o voto é a oportunidade que é dada às pessoas de se exprimirem e de deixaram uma marca na sociedade.
O voto não é um “gosto” no Facebook, não é um comentário no site do JN, não é um email de protesto a falar sobre os privilégios dos ministros enviados aos colegas de trabalho.

O voto é a diferença entre os que se importam e os revolucionários de sofá.
Percebo quem vota em branco mas não respeito quem se abstém de ir votar. Quem não vai à luta e não toma partido, mesmo que em branco, não merece a minha condescendência, nem lhe reconheço o direito a reclamar da classe política porque deixa nas mãos dos outros a escolha deles.

A atitude do “são todos iguais", "deviam acabar com os políticos", "na Suécia é que é "ou o “o que importa é trabalhinho”, para justificar a ausência do acto eleitoral não é mais do que o assumir uma atitude passiva, complacente, relaxada perante as dificuldades naturais da construção de uma sociedade.
Quem acha que a sociedade se constrói sem políticos, sem representação da sociedade civil, baseando-se num conjunto de normas e burocratas que apenas executam, e guiada por empresários e alguns iluminados, não percebe o que é a democracia e quer caminhar para uma ditadura.
Quem acha que uma sociedade se constrói colocando a participação cívica em standby nada mais deseja que tudo continue na mesma.
A classe política e os políticos são da exclusiva responsabilidade das pessoas.

Se a sociedade portuguesa participasse na vida dos seus partidos como participa na vida dos seus clubes de futebol talvez hoje as listas dos partidos fossem melhor constituídas, melhor representadas, talvez fossem constituídas pelos melhores porque quantos mais participarem maiores serão as oportunidades de apurar os melhores.
Quem acha que não escolher quem lhe vai decidir o seu futuro é normal, é aceitar a sua incapacidade em escolher o caminho que essa pessoa segue.

Resumindo, votem pelo vosso futuro.