terça-feira, 30 de junho de 2015

Jogo das Estrelas


Há muitos anos atrás, era Alberto Figueiredo presidente da Câmara, Esposende associou-se às cidades de Ozoir-la-Ferrière (França) e São Domingos (Cabo-Verde), passando a estar geminada com ambas.
Pretendia-se, com essa relação, promover a partilha de conhecimento e experiências nos mais variados domínios (cultura, desporto, ambiente, economia), desenvolvendo as competências de uma localidade com base no que de melhor sabia fazer a outra.
Quase 20 anos após o estabelecimento das geminações, o balanço é desolador. Tirando a inauguração de ruas em Esposende com o nome de Ozoir-la-Ferrière e São Domingos, ou a presença de representantes de cada uma daquelas cidades nas festas da Cidade (e mesmo aí, só nos primeiros anos), não se vislumbram casos concretos em que tenha sido concretizado o intercâmbio desejado. 
Que medida inspirada no exemplo de Ozoir-la-Ferrière ou São Domingos foi posta em prática no concelho? Ou que experiência de sucesso em Esposende foi replicada em qualquer uma daquelas localidades?
A ausência de iniciativas no âmbito das geminações estabelecidas, faz questionar a utilidade na manutenção dessas cooperações. Ter o nome e não tomar qualquer acção a partir dele não faz qualquer sentido.
Recentemente, o Município de Esposende divulgou uma iniciativa que visa recolher donativos a favor das crianças de S. Domingos. Trata-se de um jogo de futebol com antigos jogadores de futebol conhecidos. Esse jogo será precedido por outro que contará com a presença de políticos e figuras públicas.
Curioso que uma iniciativa que incide sobre um município com o qual Esposende está geminado se faça sem a "prata da casa"
O Município poderia promover um concerto, ou uma série de concertos pelo concelho, do Coro dos Pequenos Cantores de Esposende, com as receitas a reverterem a favor da causa anunciada. O Município poderia também encomendar uma peça de teatro ao grupo de teatro amador local, cujas sessões costumam ser bastante concorridas. O Município poderia também promover uma corrida/caminhada solidárias, ou não seja Esposende e a sua marginal um palco privilegiadíssimo para a prática do desporto.
No entanto, a opção acabou por residir antes num jogo de futebol, precedido por outro, com a anunciada presença de antigos jogadores conhecidos e figuras públicas. 
Ao invés de colocar-se o melhor de Esposende ao serviço de um município com o qual estamos geminados, vamos, antes, dispor o relvado do estádio Pe. Sá Pereira ao serviço de figuras públicas e menos públicas, e outros, para que possam dar uso às chuteiras e posar para a foto.
E assim (não) vai a geminação à moda de Esposende...

sábado, 27 de junho de 2015

João Cepa, sonhos de verão.

João Cepa volta a ter mais uma rastejante aproximação ao poder autárquico, desta vez tendo como palco o jornal “Notícias de Esposende”.
Voltamos a ter um João Cepa a tomar o papel de senador do concelho de Esposende, um papel de júri da actual Câmara Municipal, falando como se o actual executivo municipal tivesse de demonstrar a João Cepa que merece lá estar, falando de uma forma proprietária sobre os destinos da câmara e das vertentes que ela toma.
Não vou aqui analisar o discurso da poupança e dos famosos 2 milhões de euros que ele deixou na Câmara e da forma espantada com que ele abordou o facto de o actual executivo ter aumentado as poupanças através do esforço dos cidadãos de Esposende. Pergunto-me quem é que João Cepa pensa que proporcionou os 2 milhões do seu executivo.

João Cepa deixa a porta entreaberta para uma candidatura sua às próximas eleições, se houver a vaga de fundo popular a pedir a sua candidatura para retirar Benjamim Pereira da Câmara.
Mas a culpa não é apenas de João Cepa, mas também de quem lhe dá o palco e a oportunidade de se exprimir desta forma, ou seja, o “Notícias de Esposende”.
Não vamos ser ingénuos, uma entrevista altamente agressiva seria rejeitada por João Cepa à cabeça e o tom teria sempre de ser pacífico, mas mesmo assim achei que esta entrevista é demasiadamente feita à medida do entrevistado e foca-se  no passado que lhe interessa e tem como assunto o alvo que ele pretende. Mas teria sido interessante falar de outras coisas.
Teria sido interessante perguntar por que é que nunca cumpriu a sua promessa de “não andar por ai” e desde 2013 que não se calou com as críticas.
Teria sido interessante perguntar a João Cepa como corre a sua atividade profissional das suas empresas que criou desde que abandonou a câmara municipal.
Teria sido interessante perguntar se ser um pré-candidato a autarca não é incompatível com a sua posição de director/gestor no “Esposende Acontece”.
Teria sido interessante perguntar o que atualmente acha do corrente executivo camarário, já que o havia criticado no passado pela inércia, e quantos deles ele manteria na sua função se fosse novamente presidente da câmara.
Mas existe uma questão ainda mais interessante que todas as outras referidas que poderia ter sido perguntada.
O mais interessante que poderia ter sido perguntado a João Cepa é como é que ele, segundo as palavras do próprio no seu blogue, sendo um político que não aceita críticas de quem “nunca plantou uma árvore” se quer candidatar a presidente da câmara, um lugar de escrutínio constante feito maioritariamente por pessoas que nunca plantaram uma árvore. Como é que alguém que não aceita críticas sequer coloca a hipótese de ocupar um lugar de eleição?
Até os animais políticos necessitam de alguma coluna vertebral.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Norte/Sul de Esposende


Cumpriu-se a tradição!!!

Após alguns anos de interrupção, o grande embate entre a equipa Norte e equipa Sul de Esposende voltou a acontecer; a “redondinha” rolou vigorosamente no relvado do Padre Sá Pereira.
Voltou a rolar a redondinha e não só…
A alegria, que marca o duelo entre os “eternos” rivais, entre Norte e o Sul, é a premissa de uma “batalha” que não serve para a afirmar o domínio das duas metades desta terra, mas serve para o fortalecimento de uma grande amizade e profundo companheirismo entre os participantes.
Ali se vê que a “rivalidade” é salutar, que apesar de ninguém querer perder, tudo acontece num clima de grande confraternização e alegria. 
Quem nasceu no Norte, embora more no Sul alinha pela equipa do “berço”…
O mesmo fazem os do Sul e o resultado deste “derby” é talvez o menos importante, pois, no final, o marcador registou um expressivo 4-4, algo a confirmar com o árbitro da partida, o Sr. Álvaro Paquete, que «equilibrou» a partida com mestria. Algumas falhas por foras de jogo não assinalados pelos seus ajudantes Adélinho e Manel “Leão”, não deslustraram o bom trabalho executado, pela constante atenção ao desenrolar dos acontecimentos.
Todos os intervenientes estiveram à altura dos seus pergaminhos, nomeadamente no jantar que se seguiu…  

Equipa do Norte
(Fotografia: Prof. Carlos)

Equipa do Sul
(Fotografia: Prof. Carlos)   
                                                                                                                                                      
Uma palavra de apreço para o Sr. Carlos (Carlinhos da Jandira) que tenta manter viva esta tradição, contando este ano com ajuda da comissão de festas em honra do São João.
Esperemos que para o ano se volte a realizar o “Norte/Sul”, e que se consiga juntar ainda mais gente no Estádio.

São estas boas tradições que fazem de nós o que somos...   

P.S. – Apesar do empate, uma nota para a alegria contagiante que um jogador da equipa do Sul fez alinhar. “Manelzinho Brasileiro” fez das suas… e apesar das origens Brasileiras dançou o bailinho da Madeira ao invés do samba… Ou terá sido mais um bailinho à moda de Esposende?

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Corridas primaveris

Mais um ano, mais uma Corrida da Primavera.
É com grande prazer que participo pela 3.ª vez na corrida da Primavera e devo dizer que esta última edição terá sido a mais equilibrada de todas, com o número de participantes a estar perto do perfeito e com as condições climatéricas a permitirem melhores performances (relembro dilúvio da 1.ª edição e o calor africano da 2.ª edição).
Cada vez mais a Corrida da Primavera se torna um evento no calendário regional em termos de corridas mas ainda lhe falta algo mais ao nível da promoção para se afirmar como um evento de primeiro plano no panorama das corridas que se realizam nos distritos de Braga, Porto e Viana do Castelo.

Não se poderá comparar com a Maratona do Porto, Meia-Maratona Sport-Zone, São Silvestres do Porto e com a corrida do São João do Porto nem com a Meia-Maratona de Cortegaça e da Régua, eventos que contam com forte presença de atletas da zona Norte e da zona Centro. Numa outra dimensão temos também as Meias-Maratonas de Viana do Castelo e de Barcelos que contam com forte presença dos atletas dos distritos de Braga e Porto.
Para dinamizarmos mais a Corrida da Primavera penso que seria importante apostar num novo símbolo, mais apelativo e sensual para o público alvo. Percebo que a atual mascote pode ter potencial como mascote, mas necessitaria de um nome e de uma máquina de campanha que a tornasse conhecida e que isso é um recurso que a organização não deve conseguir fazer.

Outro ponto que pode trazer mais pessoas e fidelizar mais pessoas a esta prova seria aumentar os presentes à chegada. Eu sei que parece simples e até algo ingénuo, mas durante anos a corrida de Famalicão era conhecida e concorrida devido aos bolos-reis que distribuía e é sempre um gesto bem visto por quem não é de Esposende.

Finalmente, penso que teríamos de fazer um acordo entre os hotéis , restaurantes, cafés e até os museus locais para oferecer vales de desconto para quem participasse nesta prova. Um pacote atrativo seria uma noite no hotel com descontos para grupos num dos restaurantes locais o que atrairia grupos e famílias principalmente da zona centro e Espanha.
O grande desafio será o de ressuscitar a Meia-Maratona “Cidade de Esposende” que ocorreu entre 2000 e 2006 e que quando em 2007 passou para a Inatel apenas estava acessível aos atletas federados e ditou o seu fim compulsivo devido à fraca adesão.

Saúdo daqui o Teodósio pelo esforço que na altura colocou em organizar este evento quando as corridas ainda não estavam na moda e pelos atletas que conseguiu trazer a Esposende para uma prova que não contava com nenhuma tradição.

Esta prova teria de ter outros contornos do que a sua edição original, que preconizava 2 voltas de 10km no mesmo trajeto, mas um trajeto mais alargado e mais agradável ao participante, podendo até, e isto era uma boa lança em África, ser estendida a Fão e fazendo-a passar pela ponte de Fão, penso que seria um grande postal de Esposende.