sábado, 23 de maio de 2015

Gabinete de apoio ao investidor

Numa altura em que o investimento diminui, em que as oportunidades de criação de emprego se reduzem e numa realidade cada vez mais competitiva em atrair quem tem capital financeiro e humano, é necessário que os concelhos em si sejam competitivos na atração dessas oportunidades.
Recentemente, a Câmara Municipal de Santo Tirso deu um passo em frente muito interessante nessa captação de investimento, o Gabinete de apoio ao investidor.
Este gabinete visa facilitar a atração e acompanhamento das empresas interessadas em estar no concelho de Santo Tirso, prestando numa 1ª fase o apoio ao nível de licenças camarárias, reduzindo os prazos legais para a obtenção destas e das isenções e incentivos fiscais que as empresas podem reclamar.
Este gabinete também tem a capacidade, e para mim a mais interessante, de inventariar e colocar à disposição das empresas a informação acerca da qualificação da mão-de-obra disponível do concelho, quer a informação relativo aos terrenos disponíveis no concelho e das infraestruturas que servem os mesmos, saneamento, eletricidade, estradas, etc.
Para melhorar a informação que este gabinete vai distribuir, será efetuado um novo inventário sobre os terrenos disponíveis em Santo Tirso, com a informação sobre as suas infraestruturas, preço de mercado dos terrenos, proprietário, etc.
É um gabinete que tem como principal característica a criação de valor através da informação e coloca de parte a insistência na construção de grandes infraestruturas. Em abono da verdade, tenho de dizer que Santo Tirso fez um bom plano a médio prazo na criação destas infraestruturas e hoje já se permite a fazer uma procura mais refinada e já não olha apenas para o cimento.
Penso que esta é uma boa ideia que Esposende poderia copiar. Fazer um gabinete que aglomerasse estas informações e que ainda conseguisse aglomerar a informação acerca da mão-de-obra que temos no concelho, quer dos seus habitantes, quer dos naturais, para poder atrair mais empresas.
Se não formos atrativos, ninguém nos compra e um produto que não é comprado é facilmente esquecido.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Notas Soltas*

Mais vale prevenir do que remediar

Para aqueles que, e bem, não dispensam a sua caminhada, corrida ou passeio de bicicleta pela belíssima marginal de Esposende, certamente que já se terão dado conta que a ciclovia alarga exponencialmente junto ao Pé no Rio. O modesto tapete vermelho ganha aí uma outra dimensão.
Ora, nessa zona, na falta de outro pavimento que permita distinguir o que deve ser utilizado por peões/corredores e o que deve ser utilizado por ciclistas, o tapete acaba por ser percorrido indistintamente por todos. Por outras palavras, deixa de existir qualquer fronteira entre as duas rodas e aqueles que, tranquilamente, correm ou andam a pé.
Por isso, não são de admirar os episódios em que, por um triz, ciclista e peão evitam um valente embate entre si, para não falar dos casos em que isso acabou mesmo por suceder.
Talvez por lapso, alguém se esqueceu de fazer uma clara demarcação, a tinta branca por exemplo, nessa faixa alargada da ciclovia que se situa junto ao Pé no Rio. 
Seria útil que se efetivasse essa demarcação, mantendo também nessa zona a separação evidente que existe ao longo do restante percurso da ciclovia, designadamente entre o espaço que compete aos peões/corredores e o espaço que cabe aos ciclistas. 
Com a aproximação dos meses de calor, será mais flagrante a movimentação de pessoas na marginal. Ora, uma vez que ocorre nesta altura uma intervenção na marginal, tendo em vista o alargamento da ciclovia, tal constitui uma boa ocasião para também ser feita uma breve intervenção no espaço junto ao Pé no Rio, corrigindo a lacuna atualmente existente.

Não há duas sem três

Ainda perdura na memória de muitos portugueses a fantástica campanha da seleção sub-20 de futebol no Mundial daquela categoria disputado em Portugal, em 1991, e que culminou com a conquista do troféu.
Vinte anos depois, na Colômbia, Portugal voltou a disputar uma final, novamente contra o Brasil. Dessa vez porém, a seleção das quinas não conseguiu, infelizmente, repetir o feito da geração de Figo, Rui Costa e João Vieira Pinto, não obstante o elevado nível apresentado. Na seleção de 2011, despontou Rafael Lopes, oriundo de Gemeses, que fez parte da sua formação na Associação Desportiva de Esposende, e que atualmente representa a Académica.
Dois anos depois do Mundial da Colômbia, a prova realizou-se na Turquia. A seleção de Portugal voltou a contar com um jovem jogador natural do concelho, no caso Tozé, atleta que iniciou a sua formação no Forjães Sport Clube, prosseguindo-a no Futebol Clube do Porto, e que, atualmente, encontra-se emprestado pela equipa portista, ao Estoril.
Em 2015 irá decorrer nova edição do Mundial de sub-20, desta feita na Nova Zelândia. À semelhança das duas anteriores edições, a prova voltará a contar com um digno representante do nosso concelho, no caso Dinis Almeida, jovem natural de Belinho e que fez parte da sua formação no Futebol Clube de Marinhas.
Apesar da ausência de destaque ao nível coletivo nos últimos anos, o concelho projeta-se, futebolisticamente, através dos seus jovens valores, dignos embaixadores no desporto-rei.

Uma condecoração para 19 de Agosto de 2015

Joaquim de Carvalho foi Presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), no período entre 1993 e 1995.
A presidência do STJ corresponde a uma das funções mais distintas da sociedade portuguesa, sendo o seu Presidente considerado, em termos hierárquicos, como a quarta figura do Estado, depois do Presidente da República, Presidente da Assembleia da República e Primeiro-Ministro.
Embora não tendo nascido em Esposende, Joaquim de Carvalho, pelos mais de 60 anos de vida que leva ligado à cidade (família Areia) e ao concelho, onde fez parte da sua longa e brilhante carreira, é um esposendense de coração e de convicção.
Pelas funções que exerceu é, sem margem para qualquer dúvida, uma das maiores personalidades ligadas a Esposende.
No dia 19 de Agosto, o Município de Esposende tem por costume distinguir, precisamente, personalidades cujo percurso de vida, pela relevância no concelho ou para além deste, contribuiu para o seu desenvolvimento ou enobrecimento.
A distinção a Joaquim de Carvalho, no dia 19 de Agosto deste ano, com a mais alta condecoração do Município, a Medalha de Honra, cumpriria, com justiça e elevação, o reconhecimento de um percurso de vida notável, indelevelmente ligado a Esposende.

*Publicado no Jornal Notícias de Esposende, n.º 18/2015 - 09 a 15/Maio

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Um privilégio da natureza e...da oração!


Como católico, gosto de ir anualmente até Fátima, já visitei o Vaticano e já conheci Santiago de Compostela. Como tantos outros, desejo, também, um dia poder fazer a minha peregrinação até à Terra Santa.

Peregrinados alguns dos lugares religiosos mais emblemáticos, continuava a faltar-me, para vergonha pessoal, a participação na peregrinação anual que decorre na minha própria terra, a peregrinação na Senhora da Guia, que tem sempre lugar no primeiro domingo após o 13 de Maio. 
No ano passado, decidi reparar essa grave lacuna, tendo ido à peregrinação. Este ano, voltei a marcar comparência.
Duas edições depois, o primeiro pensamento que assalta a cabeça é: como foi possível ignorar esta peregrinação tanto tempo?
É que, sem qualquer especial favor, o santuário da Senhora da Guia é dos lugares mais fantásticos do nosso concelho e distrito, e que, do ponto de vista religioso, consegue proporcionar um altar de oração único, tal a envolvência da natureza que o rodeia, e vista deslumbrante sobre o ocenao, gerando contínuas ações de graças sobre as maravilhas que o Senhor operou. É de facto uma fortuna imensa o concelho poder ter um lugar de encanto tão íntimo e especial como é o Santuário da Guia.

De há 14 anos para cá que, anualmente, o arciprestado do concelho leva a cabo esta peregrinação. Todos os anos, uma paróquia diferente fica incumbida de organizar e gerir os preparativos da peregrinação. 
A edição deste ano ficou marcada pelo fortíssimo calor que se fez sentir. Algo que acaba por ser inevitável, dada a época do ano em que se realiza a peregrinação. Várias pessoas acabaram mesmo por desmaiar, tendo de aguardar pela chegada da ambulância. Num caso, uma peregrina acabou mesmo por ter sido transportada pela viatura da GNR.

Como 14 anos já dão alguma estaleca para a organização de edições futuras, gostaria de aproveitar a ocasião para partilhar algumas sugestões para a próxima peregrinação na Senhora da Guia:

1. Melhor publicidade da peregrinação.
Conforme acima referi, é um lugar muito especial do ponto de vista religioso e que deve ser peregrinado pelos milhares de crentes do concelho. Infelizmente, a peregrinação ainda não é suficiente e amplamente publicitada pelas paróquias (falar uma semana antes é pouco).

2. Numa boa preparação é que está o ganho de uma peregrinação bem sucedida
Escalar a Senhora da Guia, debaixo de sol imponente, não é brincadeira. Ora, se qualquer peregrino que realize peregrinação a Fátima a pé é avisado para todos os cuidados e devido planeamento, o mesmo deve suceder, também, com os peregrinos da Senhora da Guia. 
Desde o calçado e roupa a usar, passando pela necessidade de ingerirem água com regularidade, uso de protetor solar e chapéus, etc.
Não sei se isso é feito. Sei que na minha paróquia nada foi dito nesse sentido. Ora, pela sua importância, são avisos pertinentes e que fazem falta. No próximo ano, os párocos devem, insistentemente, focar esse ponto.

3. Equipa de apoio
Por força do forte calor que se faz sentir, deve haver um dispositivo de segurança em permanência, da Cruz Vermelha por exemplo, para poder socorrer prontamente os peregrinos, desde os que desmaiam, passando por aqueles que apanham uma insolação ou que estão desidratados. 
Ontem enquanto decorria a Eucaristia não se vislumbrava qualquer equipa de apoio, nem ambulância estacionada, o que não se percebe dada o elevado número de pessoas que a peregrinação congrega.
Nesse âmbito, também seria útil se houvesse uma equipa a distribuir águas pelas pessoas, pois muitas gastam as suas bebidas num instante ou não vão devidamente munidas das garrafas suficientes. 

A 15 de Maio de 2016, conto estar, de novo, na peregrinação na Senhora da Guia. Para os leitores do Largo dos Peixinhos que nunca foram, fica a sugestão. É um lugar de oração sem igual e que vale bem a pena ser peregrinado.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Pelas ruas de Belgrado

Onde existe uma bela mulher, existe vida.

Belgrado, sendo absurdamente repleta de belas mulheres, tem vida dentro dela, muitíssima vida.

Mas não apenas de belas mulheres são feitas as ruas de Belgrado.
Pelo seu interesse histórico a União Soviética é o meu amor, mas a Jugoslávia é a minha paixão. 
Foi com o seu desmembramento que ganhei interesse pela política internacional e pela geopolítica, desde a Guerra da Bósnia, até aos bombardeamentos pela NATO em 1999, acabando na queda do poder por parte de Milosevic. Belgrado vivia na minha imaginação como uma das capitais europeias mais politizadas e onde as ideologias viviam mais entranhadas. Não estava longe da verdade...
Nestas ruas o cheiro da geopolítica internacional é intenso e em cada rua vemos bandeiras, grafitis, sinais de correntes políticas com uma intensidade a que já não estamos habituados a ver no nosso dia-a-dia e que muitos pensavam esquecidos.

Nas suas ruas é possível descortinar sinais de apoio aos separatistas pró-russos na Ucrânia, t-shirts com a sigla “Kosovo é Sérvia", existem bancas que vendem camisolas com a cara de Milosevic, Karadzic e Mladic, antigos generais sérvios procurados pelo Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia, e imagens do assassino do príncipe Franz Ferdinand. 

Não vemos quase nenhumas foices e martelos nos edifícios governamentais, mas o mausoléu do General Tito continua bem cuidado e quase imaculado. Surpreende-me que a sua figura continue a ser muito consensual, existindo lojas de recordações apenas com a sua imagem, mas a Jugoslávia parece ser algo de um passado muito distante e que ainda mais distante ficou com o aparecimento do nacionalismo sérvio pós-desmembramento.
Pelos edifícios das suas ruas vemos o dedo da história e o toque das diversas correntes que governaram estas paragens, que são a verdadeira prova que esta cidade viveu no epicentro dos mais diversos momentos históricos na Europa. Tal como em quase tudo, até nos seus edifícios esta cidade mostra que respira política.

Se no seu centro deslumbramos os edifícios descendentes da época do império Austro-húngaro, com o seu estilo clássico e enriquecido, rapidamente passamos para os edifícios pós-2ª Guerra Mundial, com a arquitetura concreta comunista de linhas retas e formas geométricas simples a dominarem os bairros sociais e os edifícios governamentais da antiga Jugoslávia terminando nos edifícios de vidro e inox da Nova Belgrado que nasce junto às margens do rio Sava.

Mas os edifícios que ficam na retina são os edifícios centrais do exército e da televisão sérvia que foram bombardeados em 1999. Ainda hoje se conservam tal como ficaram depois de serem bombardeados para que sirvam de memória às gerações passadas e de aviso às gerações futuras. 

Mas se estes serviram de memória, outros há que serviram de exemplo na recuperação deste país. A torre Usce voltou a erguer-se marcando o início da nova Belgrado, a bombardeada ponte de Ostružnica foi reparada e nasceu a ponte de Ada, a maior ponte de pilar único no mundo.

E até nesta recuperação a Sérvia é um rendilhado político. Se no tempo do General Tito a Jugoslávia vivia uma distância prudente de Moscovo e vivia numa constante aproximação ao Ocidente, hoje a Sérvia mostra-se cada vez mais reticente na adesão à União Europeia e próxima da Rússia. 

Pelas suas ruas é possível deslumbrar um significante número de cartazes da Gazprom, caminhos-de-ferro russos ou o Sberbank a fazer a exaltação das boas relações entre os 2 países.  Até o Hotel Moscovo que aqui existe é o único hotel com o nome da cidade fora da Rússia. 

Esta Sérvia olha com desconfiança para o que o futuro na União Europeia lhe reserva, começando a ponderar se é preferível fazer o seu caminho calmamente ou se ser um súbdito da Alemanha lhe vai permitir trazer o investimento necessário para a encher os bairros financeiros da Nova Belgrado. Certamente terá de efetuar um interessante número de equilibrismo entre a integração europeia e o reforçar de laços com Moscovo.
Mas não apenas de belas mulheres e política se faz Belgrado.
Não foi por acaso que o website TripAdvisor lhe atribui a distinção de “Cidade a Visitar em 2015” na Europa. Estivesse Belgrado na Europa Central, maiores facilidades de acesso ou publicidade mais positiva e já a teríamos visto em todas as reportagens de viagem nos jornais e revistas de viagens. Surpreendentemente esta cidade esquece o rio Danúbio e apenas ouvimos falar no Rio Sava e na sua frente marítima.
Os seus restaurantes são de elevada qualidade, ficando na memória os quase omnipresentes jardins de inverno e as orquestras de 5 elementos que faziam a música ambiente para a sala de jantar e os bons pratos de carne, em especial o bife da Dalmácia, e a tarte de noz Sérvia. Aqui não poderei deixar de referir o Madera e o Clube dos Escritores que além da vista sobre os magníficos parques que os rodeiam ainda conservam o desumidificador de charutos, carrinho de bebidas e o guarda pastilha-elástica.
Os parques são endémicos, existindo um em quase todas as esquinas e nos parques principais já temos pistas de tartan específicas para os corredores, evitando o amotinado com os restantes frequentadores do parque. 

Para quem gosta de turismo religioso, Belgrado também é uma boa surpresa já que sendo a capital da Igreja Ortodoxa Sérvia é possível ver aqui algumas das maiores igrejas do mundo Ortodoxo que paulatinamente vão sendo recuperadas mas os efeitos das sanções económicas ainda se fazem sentir com muitos dos edifícios a necessitarem de alguma limpeza e de alguma recuperação para ser mais atraente para o turista comum.
Ao bom estilo do leste europeu, os sorrisos não são abundantes mas também as tentativas de roubo são quase nulas e existe uma ideia de civilização. As pessoas deixam as suas carteiras e pertences nos bancos do jardim enquanto dão a sua corrida e em muitos casos não é necessário semáforos para que se respeitem as passadeiras e a prioridade dos peões.
Voltem-me a chamar de mulherengo, tarado, rabo-de-saia, pouco me importa, mas as belas mulheres desta cidade são mais do que um bom motivo para a visitar.
Elas transformam as ruas em passadeiras de moda, as esplanadas parecem agências de modelos, nas mais inusitados lugares descobrimos raparigas de uma beleza incrível e cada viagem num transporte público é mais um convite a um deslumbramento. 

Com o seu estilo clássico-chique, surpreende como é que num país onde os salários são 25% mais baixos do que em Portugal  e onde as grandes marcas de roupa quase não existem, o nível de apresentação das pessoas é tão elevado sendo substituídas pelas lojas das modistas, palavra quase esquecida no nosso dia-a-dia. 

Olhando para as sérvias vemos claramente os benéficos efeitos da prática desportiva integrada na educação em comparação com a visão singapuriana da educação e os seus testes, estudo compenetrado, notas e grandes conhecimentos de matemática.
Já tinha lido que esta era uma das cidades com as mais bonitas mulheres do mundo e hoje acho que não sendo verdade absoluta poderia andar lá perto.
Se algum jovem rapaz solteiro estiver a pensar em visitar Belgrado, aconselho vivamente que vista o blazer e  calce o sapato clássico e vá ao Kasina durante o fim-de-semana, de certeza que tão cedo não se vai esquecer da ambiência da melhor discoteca da cidade.
Belgrado ficou para trás mas algo me diz que esta não foi a última vez aqui.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Ciclovia - falha a corrigir

Para aqueles que não dispensam o seu passeio ou corrida pela belíssima marginal de Esposende, certamente que já se terão dado conta que a ciclovia alarga exponencialmente junto ao Pé no Rio. O modesto tapete vermelho ganha aí uma outra dimensão.
Ora, nessa zona, na falta de outro pavimento que permita distinguir o que deve ser utilizado por peões e o que deve ser utilizado por ciclistas, o tapete acaba por ser percorrido indistintamente por todos. Por outras palavras, deixa de existir qualquer fronteira entre as duas rodas e aqueles que, tranquilamente, correm ou andam a pé.
Por isso, não são de admirar os episódios em que por um triz ciclista e peão evitam um valente embate entre si, para não falar dos casos em que isso acabou por suceder.
Talvez por lapso, alguém se esqueceu de fazer uma clara demarcação, a tinta branca por exemplo, nessa faixa alargada da ciclovia que se situa junto ao Pé no Rio. 
Seria útil que se efectivasse essa demarcação, mantendo a separação evidente que existe ao longo do resto da ciclovia, designadamente entre o espaço que compete aos peões e o espaço que cabe aos ciclistas. 
Com a aproximação dos meses de calor, será mais flagrante a movimentação de pessoas na marginal. Ora, uma vez que ocorre nesta altura uma intervenção na marginal, tendo em vista o alargamento da ciclovia, esta é uma boa altura também para ser feita uma breve intervenção no espaço junto ao Pé no Rio, corrigindo a falha aqui apontada.